A imposição arbitrária - pois já decorreu o prazo da sentença - das medidas cautelares ao policial e youtuber João Paulo Teixeira Ramos que foi preso no dia 1º de março vítima de uma preparação de flagrante arquitetada por Márcio Joias e seus comparsas dura até hoje, mesmo depois de há muito o Ministério Público ser favorável ao fim das cautelares e o processo estar concluso desde o dia 23 de setembro.
Para o advogado de João Paulo, Dr. Bebeto (LEIA A REPRESENTAÇÃO LEGAL ABAIXO), "foge de qualquer razoabilidade esperar quase 60 dias para decidir sobre as medidas cautelas de privação de liberdade".
Documento apresentado pelo advogado de João Paulo à juíza do caso
Existem casos mais graves julgados pela mesma juíza e que tiveram celeridade. Em vista de uma análise comparativa, não entendemos a morosidade da situação. Até nos foi aludida a proximidade - ao menos virtual - da juíza com o vice-prefeito Giovanni Sampaio, uma vez que o caso tem ligações com as denúncias que João Paulo fazia contra o prefeito Glêdson Bezerra (PODE), seus Secretários e seus vereadores, mas não levamos em consideração.
Entramos em contato com João Paulo que pensa que a lentidão do referido julgamento - já que tudo está posto - pode ser proveniente de um posicionamento político - e não técnico-jurídico - que a magistrada tenha em relação a ele que é oposição ao atual governo municipal de Juazeiro do Norte/CE e militante bolsonarista. Segundo o youtuber, a juíza é declaradamente contra Bolsonaro e isso pode estar afetando a sua postura em relação ao julgamento do fim das suas medidas cautelares. João Paulo não vê outra explicação, já que tudo lhe é legalmente favorável.
"Talvez ela esteja esperando o recesso da Câmara Municipal para que eu não confronte na tribuna da Casa o vereador Márcio Joias", concluiu João Paulo.
Pelas redes sociais (VEJA ABAIXO), já que as publicações são públicas - como o próprio nome já aponta - dá para ver claramente a postura anitbolsonarista da juíza, muito embora o Sovaco de Cobra também não queiramos acreditar que isso tenha alguma relação, já que a prática de consoância entre postura política e julgamento legal é completamente destoante do legítimo rito processual e não existem denúncias que desabonem a conduta da eminente magistrada.
Esperamos que a decisão seja julgada com a celeridade que merece, uma vez que já foi decorrido um expressivo tempo para que isso acontecesse. Usando a expressão da bandeira mineira: "Libertas quae sera tamen".
(Reprodução/Facebook)
(Reprodução/Facebook)