Conforme anunciado pelo próprio Cabo Sabino ontem (26) em uma rede social, a Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública do Estado do Ceará determinou sua expulsão da corporação devido à sua liderança durante a greve geral da PM no estado, no início de 2020.
Diante de tal determinação, Cabo Sabino escreveu em seu Instagram: “A CGD decidiu hoje pela minha expulsão da PMCE após 29 anos de serviço. Como disse o apóstolo Paulo: ‘Combati o bom combate, acabei a carreira e guardei a fé’. Isso só Deus pode tirar de mim, não cabe aos homens”.
As expulsões de policiais militares que participaram da greve vêm seguindo um ritmo acelerado principalmente depois da instalação da CPI que investiga as associações que participaram do movimento reivindicatório. O interessante disso tudo é que a Assembleia Legislativa que abre investigação contra os policiais não instaura uma CPI para investigar a relação de políticos governamentais com o narcotráfico nem para investigar as viagens aéreas caríssimas realizadas pelo governador e sua família às custas do povo cearense. É óbvio que um parlamento serviçal não cortará a própria carne nem a carne do governo estadual que o alimenta - com o nosso dinheiro, é claro!
Cabo Sabino foi presidente da Associação dos Militares Estaduais do Ceará (AME) e eleito a deputado federal pelo Partido da República (PR) em 2014 fazendo dobradinha com o Capitão Wagner (atualmente no PROS). Depois da ruptura política com Wagner não conseguiu sua reeleição. Ano passado, depois da desarticulação do movimento grevista e da perseguição do governo estadual sobre os policiais militares, Sabino concorreu, pelo Avante, a vereador por Fortaleza conseguindo 2.589 votos. Não foi eleito.
Sabino deve agora estar passando por seu pior momento na vida política e profissional. Independente do resultado da greve de 2020 e das diferenças políticas que possam existir dentro da corporação seria esse o momento para os colegas de farda serem solidários com o Cabo Sabino? E não seria também o momento do Capitão Wagner levantar a voz contra a repressão do governo Camilo Santana (PT/PDT) e ser solidário com seu ex-aliado político e com os demais policiais perseguidos? Com a palavra os policiais.
Cabo Sabino sempre foi coerente com a tropa e defendeu arduamente o melhor para tropa sangrou e foi abandonado pelos mesmos! Fica a lição para quem pretende defender uma tropa que muito não podem ver ks que abandonam o parceiro! Assim fica minada qualquer outro surgimento de liderancas pela tropa! Vou além a desmotivação está gigantesca e o crime crescendo, resta ao governo algo que resolva toda esta crise!