Imagens de câmera de segurança do elevador do prédio no dia da morte do menino Henry Borel mostram o momento em que a vítima, a mãe, Monique Medeiros, e Dr. Jairinho, padrasto do menino, descem de elevador a caminho do hospital, na madrugada de 8 de março.
“Esta filmagem revela que Henry foi levado com vida ao hospital, outras circunstâncias que constam dos laudos conduzem a esta conclusão, contrariando a versão acusatória”, disse Braz Sant’anna, advogado de Jairinho.
A polícia alega que Henry já chegou sem vida ao Barra D’Or. “Ficou expressamente demonstrado pela equipe médica e pelos laudos periciais que, embora e tenha sido submetido a manobras de ressuscitação por bastante tempo, em nenhum momento ele apresentou frequência cardíaca. Ele já chegou morto”, afirmou o delegado Henrique Damasceno, ao Tribunal do Júri.
Ele também chamou atenção para o fato de que a tentativa de socorro ao menino, antes da chegada à unidade da saúde, não foi adequada.
Os laudos da necropsia e a reconstituição no apartamento da família apontaram que a criança sofreu 23 lesões, como uma laceração no fígado, e que sua morte decorreu de ação violenta. A hipótese de acidente, defendida pelos advogados do ex-casal, já foi descartada.
Os suspeitos estão presos desde 8 de abril. O casal é réu pela morte de Henry e serão julgados pelo Tribunal do Júri.
No último dia 06 foi realizada a primeira audiência de instrução no Tribunal. Entre as 12 testemunhas de acusação, falaram Leniel Borel, pai de Henry, o delegado Henrique Damasceno e a babá Thayná de Oliveira.