Dia 24 de julho. Um grupelho de esquerda sem inserção social denominado Revolução Periférica, a pretexto de chamar a atenção para o debate acerca do racismo, queimou a estátua do bandeirante Borba Gato, situada em Santo Amaro, zona sul da capital paulista. O criminoso que assumiu a autoria do crime, depois de alguns dias preso, foi libertado por determinação judicial.
Dia 25 de agosto, ontem. Um grupelho de esquerda sem inserção social denominado coletivo indígena Urucumirim, a pretexto de chamar a atenção para o Projeto de Lei 490/2007, queimou a estátua do navegante Pedro Álvares Cabral, situada na Rua Glória, zona sul do Rio de Janeiro.
Borba Gato foi um bandeirante paulista do século XVII responsável por parte da interiorização da colonização brasileira que foi feita à base de guerras e escravidão. Faz parte da nossa História colonial. Já o PL 490 determina que os índios só poderão exigir demarcação de terras se nela já estivessem vivendo até o o período da promulgação da Constituição Federal de 1988 (existem muitos índios brancos por aí com interesses escusos e diversos daqueles que têm as verdadeiras nações e comunidades indígenas).
Se toda vez que formos abrir um debate tivermos que incendiar um patrimônio histórico, o Brasil vai virar um amontoado de cinzas. Pela lógica do sectarismo esquerdista que enxerga o mundo a partir do prisma do fundo de uma garrafa, os praticantes do candomblé, para abrir um debate sobre a liberdade religiosa, teriam que incendiar o Cristo Redentor.
Enquanto esses criminosos incendiários continuarem impunes, mais incêndios acontecerão e mais prejuízos ao nosso patrimônio histórico-cultural acontecerão. A impunidade é a mola propulsora da violência desmedida.
Quando as estátuas de Stálin foram derrubadas no antigo bloco soviético, assim aconteceu pelo ímpeto das multidões. Foram milhões dizendo não àquelas representações esculturais de uma realidade fantasmagórica. Um processo de transformação só acontece se embalado pelo sonho e pela ação de multidões. Grupelhos sem visibilidade que se autointitulam revolucionários sem possuírem inserção social e que querem substituir as ações das massas por atos isolados de ideologismo criminoso não representam nem nunca representarão nenhum processo legítimo de transformação. Infelizmente a Justiça brasileira alimenta esse tipo de crime político.