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Assessor parlamentar é suspeito de 'rasgar a camisa' da GDE e assumir chefia do CV após morte do filho em presídio no CE

Homem foi preso em flagrante na última quinta-feira (23), mas foi solto pela Justiça Estadual no dia seguinte, em audiência de custódia..

Publicada em 28/01/25 às 17:32h - 17 visualizações

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Assessor parlamentar é suspeito de 'rasgar a camisa' da GDE e assumir chefia do CV após morte do filho em presídio no CE
Polícia Civil realizou a prisão em flagrante do suspeito na sua residência, na Pavuna, em Pacatuba  (Foto: /Divulgação/SSPDS)

Um homem de 50 anos, apontado pela Polícia como chefe da facção criminosa carioca Comando Vermelho (CV) em Maracanaú Pacatuba, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), foi preso em flagrante na última quinta-feira (23), mas foi solto pela Justiça Estadual no dia seguinte, em audiência de custódia. O suspeito teria "rasgado a camisa" (ou seja, trocado de grupo) da facção cearense Guardiões do Estado (GDE) após a morte do filho em um presídio cearense, em dezembro do ano passado.

Ao ser interrogado na Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), da Polícia Civil do Ceará (PCCE), Carlos Alberto Portela sustentou que "nunca integrou organização criminosa", mas confirmou que tem conhecimento que está decretado de morte pela GDE e que sofreu uma tentativa de homicídio, também em dezembro de 2024. Ele afirmou que trabalha como assessor parlamentar de um vereador de Maracanaú e que também é proprietário de um abatedor de animais. A defesa do suspeito não foi localizada para comentar o caso, mas o espaço segue em aberto.

Conforme documentos obtidos pelo Diário do Nordeste, o 4º Núcleo Regional de Custódia e das Garantias (Caucaia) converteu a prisão em flagrante de Carlos Alberto Portela em liberdade provisória, com aplicação de medidas cautelares, como obrigação de manter o endereço atualizado e comparecer a todos os atos processuais, na última sexta (24).

A decisão judicial atendeu o pedido da defesa de Carlos Alberto de relaxamento da prisão em flagrante. O Ministério Público do Ceará (MPCE) requereu a decretação da prisão preventiva do suspeito, mas não foi atendido.

Carlos Alberto Portela, conhecido como 'Beto Dois', foi preso pela Polícia Civil na sua residência, no bairro Pavuna, em Pacatuba. Segundo os policiais civis que realizaram a prisão, o homem de 50 anos "rasgou a camisa" da GDE e assumiu a liderança do CV na Pavuna e nas regiões da Pajuçara e Jardim Bandeirantes, em Maracanaú.

Os investigadores apontaram um aumento de homicídios nessas regiões, nas últimas semanas, devido à disputa entre as duas organizações criminosas por territórios para o tráfico de drogas. 

'Beto Dois' foi decretado de morte pela facção Guardiões do Estado, conforme as investigações da Draco. Ao realizar diligências em busca do suspeito, os agentes encontraram "soldados de guerra" do Comando Vermelho, armados, fazendo a segurança do chefe do grupo criminoso.

Os policiais justificaram a prisão em flagrante de Carlos Alberto, no inquérito, pelo fator de que "o crime de integrar organização criminosa é permanente, enquanto o infrator permanecer no coletivo criminoso". Entretanto, nenhum ilícito foi apreendido com o suspeito.

Morte do filho em presídio

Os investigadores da Draco também apontaram que Carlos Alberto Portela "rasgou a camisa" da GDE após o seu filho ser morto pela facção criminosa, dentro do Sistema Penitenciário do Ceará.

Paulo Roberto Ferreira Portela, o 'Paulim', foi assassinado na Unidade Prisional Professor Clodoaldo Pinto (UP-Itaitinga 2), durante o banho de sol dos detentos, na manhã de 27 de dezembro do ano passado. Ele respondia a crimes como homicídio, receptação e posse ou porte ilegal de arma de fogo.

8 detentos foram autuados em flagrante pelo homicídio: Ítalo Bruno Lima, Antônio Iairon Andrade de Sousa, Francisco Isaac da Silva Oliveira Caracas, Lucas Matheus Cavalcante de Oliveira, Jonathan Lopes Duarte, José Carlos Venâncio de Souza, Francisco Wilton Cosme Siqueira e Anderson da Silva Santiago.

Ao serem interrogados na Delegacia Metropolitana de Itaitinga, da Polícia Civil, os suspeitos preferiram se manter em silêncio. O processo criminal foi encaminhado a uma Vara do Júri, da Justiça Estadual.




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