O veto do presidente Lula à Lei que limita o fim das saidinhas é um presente para os presidiários. Isso porque permite que visitem os familiares em dias festivos como o Natal.
Segundo dados oficiais da Secretaria Nacional de Políticas Penais (SENAPPEN), em seu Relatório de Informações Penais, mais de 15 mil presos não retornaram para o regime de reclusão após serem beneficiados pelas saidinhas.
Um desses presos, o Welbert de Souza Fagundes, matou o sargento da PM Roger Dias da Cunha, de 29 anos, em Belo Horizonte, capital mineira, depois de ter sido beneficiado com a saída de Natal para ver a família. O Natal é um dos dias festivos ao qual se refere o veto presidencial.
A saída temporária é válida para presos em regime semiaberto que cumpriram um sexto (1/6) da pena total. Mas, para milhares desses presos, as saidinhas não servem para a ressocialização, mas para a reincidência onde as verdadeiras vítimas da sociedade, estudantes e pessoas trabalhadoras, perdem suas vidas ou são submetidas, por esses bandidos, a condições brutais e aviltantes.