O assassino Alexandre Nardoni, condenado a 30 anos de prisão por matar a própria filha, Isabella, sairá da cadeia em regime aberto a partir de 6 de abril. Nardoni solicitou a redução da pena e a Justiça de São Paulo aceitou o pedido em 2023. Ele alegou que trabalhou na prisão e participou de um programa de remição da pena por leitura.
A decisão pela redução da pena em 96 dias foi da juíza Marcia Beringhs Domingues de Castro, da 2ª Vara das Execuções Criminais, da Comarca de Taubaté. Ela aceitou o pedido de Nardoni em setembro de 2023.
Nardoni cumpre pena desde 2008 na Penitenciária Dr. José Augusto César Salgado, a P2, em Tremembé, no interior de São Paulo. Quando sair, o assassino terá cumprido na prisão um pouco mais da metade da pena. É mais do que muitos presos cumprem, embora seja pouco aos olhos da sociedade.
No regime aberto, o criminoso segue o cumprimento da pena fora da prisão. Além disso, pode trabalhar durante o dia. À noite, tem que recolher-se obrigatoriamente em endereço autorizado pela Justiça.
A rigor, pela lei, o preso deveria se recolher no período noturno em uma casa de albergado, uma cadeia que abriga presos que estão no regime aberto. Contudo, o Estado de São Paulo não dispõe desse tipo de unidade prisional. Por isso, na prática, os presos recolhem-se em casa.
Para manter o benefício, o criminoso precisa obedecer algumas regras, por exemplo:
O assassinato de Isabella Nardoni chocou o país. O crime ocorreu em 29 de março de 2008, quando a menina de apenas cinco anos foi jogada pelo pai e pela madrasta da janela de um apartamento na capital paulista.
Isabella caiu do sexto andar do apartamento onde morava o casal Nardoni. Contudo, o inquérito concluiu que não foi uma queda acidental, mas sim um homicídio. Nardoni e a mulher agrediram a menina e depois a jogaram.
Condenado a mais de 30 anos de cadeia, o pai-assassino cumpre pena desde 2008 na Penitenciária Dr. José Augusto César Salgado, conhecida como P2 de Tremembé.
Atualmente, Alexandre Nardoni cumpre pena no regime semiaberto. O regime mais brando permite que ele tenha saidinhas temporárias, benefício concedido a pretexto de ressocializar os presos e manter o vínculo com o mundo fora do sistema prisional.