Cid Gomes (ex-PDT/PSB), Camilo Santana (PT), Elmano de Freitas (PT). Três governadores, três administradores marcados pelo surgimento, desenvolvimento e fortalecimento das facções do narcotráfico.
Primeiro veio o Comando Vermelho (CV) que, em pouco tempo, teve que enfrentar a concorrência da Guardiões do Estado (GDE). Depois o Primeiro Comando da Capital (PCC). Em 2021, surgiu os "neutros" da Massa TDN, dissidentes das demais organizações narcotraficantes e presos sem facção nas massas carcerárias, fazendo o L nas redes sociais e outras manifestações políticas de esquerda. E, agora, chega ao Ceará, despencando do norte para o Vale do Jaguaribe, o Terceiro Comando Puro (TC), uma facção oriunda da cisão com o Terceiro Comando do Rio de Janeiro.
Ver em Fortaleza quarteirões em sequência abandonados, casas cujos moradores foram expulsos com as iniciais das facções, é uma visão dantesca que demonstra o que a classe trabalhadora virou nas mãos do narcotráfico nos governos Cid-Camilo-Elmano. Ver vídeos e mais vídeos de jovens cearenses sendo friamente assassinados das maneiras mais brutais possíveis, tornou-se prática comum que entristece a cidadania e fere o mais elementar princípio de dignidade humana.
Enquanto o governo cearense tem gastado uma enorme quantia com publicidade sobre a Segurança Pública para dizer que está tudo uma maravilha e desenvolvido uma política de Direitos Humanos que subverte valores dando margem às práticas criminosas cotidianas, o narcotráfico avança, multiplica-se e ramifica-se. Quanto mais facção, mais violência. Quanta mais violência, mais miséria humana.
Os governos de esquerda no Ceará, incapacitados de conter o avanço das ações criminosas do narcotráfico, já pediram socorro à Força Nacional em algumas ocasiões. Duas vezes só nos dois primeiros anos do segundo mandato de Camilo Santana que, depois de criticar veementemente o governo Bolsonaro, baixou a cabeça e foi pedir-lhe socorro em 2019 - quando as facções fizeram Camilo botar o rabo entre as pernas e se esconder embaixo da própria saia - e em 2020.
Em 2020, a PM novamente entrou em greve. E enquanto a esquerda lulopetista falava em desmilitarizar a polícia e o senador Cid Retroescavadeira Gomes tentava matar policiais e seus familiares, o ministro Sérgio Moro, sob o comando do então presidente Bolsonaro, resolveu a situação com, novamente, a Força Nacional.
O Ceará tá dominado. E enquanto o cidadão fica preso em sua própria residência, o faccionado acende um cigarrinho do capeta na laje. "É o certo pelo certo, mano".