De acordo com fontes com conhecimento do assunto, o plano foi arquitetado por milicianos em represália às ações do governo fluminense contra milícias que atuam no Estado.
Na segunda-feira, a maior milícia do Rio de Janeiro promoveu um caos na cidade ao incendiar 35 ônibus, dois caminhões, dois carros de passeio e um trem na zona oeste. Horas antes, o número dois na hierarquia do grupo miliciano morreu em uma ação da Polícia Civil.
"O governo do Estado do Rio de Janeiro informa que o Gabinete de Segurança Institucional reforçou a segurança do governador Cláudio Castro e de sua família após o setor de inteligência da Polícia Civil identificar um plano de atentado contra ele, a primeira-dama e seus dois filhos", informou o Palácio Guanabara .
De acordo com as fontes, o efetivo que faz a segurança do governador será ampliado e haverá mais restrições à deslocamentos dele e de familiares. "Essas limitações já existem, mas após essa ameaça da milícia, ficam mais restritas", disse uma das fontes.
Outra autoridade altamente graduada do governo estadual afirmou, ao mesmo tempo, que a gestão fluminense não se deixará intimidar pelas ameaças.
"A segurança está reforçada, mas a vida não mudará. O Estado não permitirá ser intimidado por ninguém... O Estado agora vai para cima deles com mais força", disse essa autoridade.
O governo do Rio elegeu dois acusados de liderarem milícias e um homem apontado como chefe do narcotráfico como principais alvos das forças de segurança na atualidade.
"O plano (contra Castro) foi descoberto após ataques da milícia na zona oeste da capital a partir da morte de Matheus da Silva Rezende, o 'Faustão', apontado como o segundo homem na hierarquia de um grupo de milicianos que atua naquela área", disse o Palácio Guanabara.
A inteligência tenta identificar os autores do plano contra o governador e, segundo o governo fluminense, "as informações seguem sob rigorosa investigação para que os autores sejam identificados e punidos".
Desde de segunda, vários suspeitos de ligação com os ataques foram presos e serão enquadrados no crime de terrorismo.
Os atentados ocorrem em um momento em que mais de 300 agentes da Força Nacional de Segurança Pública estão no Estado reforçando o patrulhamento em rodovias federais. Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal também atuam na operação de segurança iniciada esse mês, batizada de Operação Maré.