Recentemente, o ministro da Educação Camilo Santana (PT) anunciou a retomada de obras paralisadas nas escolas e creches do País. Mas não lembrou que foi o grande responsável pelo esfacelamento da Escola de Ensino Fundamental João Alencar de Figueiredo, em Juazeiro do Norte/CE.

Para a requalificação do estádio Mauro Sampaio, nosso querido Romeirão, Camilo derrubou o prédio do João Alencar com a promessa de levar a escola para onde hoje funciona o Colégio Militar Coronel Hermano Macêdo Júnior ou de construir um novo prédio para abrigá-la. Nem uma coisa nem outra.

Não cumprindo sua promessa, Camilo cedeu o prédio onde funcionava a Universidade Regional do Cariri na Avenida Castelo Branco, em frente à Praça do Mateus. À época, em 2020, o então prefeito Zé Arnon chegou a gastar quase R$ 1,5 milhão em sua reforma. Entretanto, a estrutura do prédio estava condenada.

Com baixa compactação do solo e escassez de vergas, movimentações em sua estrutura acabaram por comprometê-la provocando rachaduras nas paredes e no piso que também, ao menos onde era uma sala de aula, sofreu afundamento.

Diante dessa situação, o governo Glêdson Bezerra (PODE) retirou o João Alencar do prédio e remanejou suas turmas para três outras escolas. A solução definitiva, entretanto, ainda não se deu.

O governo municipal pretende construir um novo prédio para o João Alencar e já procurou, reiteradas vezes, o governo estadual para que este fizesse a doação do prédio da Avenida Castelo Branco - onde a escola funcionou depois de ter seu prédio demolido - para o Município para que seja feita a referida construção. Entretanto, assim como agiu o ex-governador Camilo, Elmano de Freitas (PT) também não deu resposta às solicitações.

A falta de respostas do ex e do atual governadores demonstra a irresponsabilidade de um modelo governante que derrubou uma escola e deixou como legado uma promessa que nunca foi cumprida.

Para o prefeito Glêdson Bezerra (PODE), não é interessante ao Município investir milhões em reais para demolir a estrutura de um prédio e construir um novo em um terreno que não pertence à Municipalidade. Daí os pedidos do seu governo para que o prédio onde funcionava a URCA seja entregue ao Município.

Que o governo do estado cumpra sua promessa e resolva a situação que criou, pois são 37 turmas e uma comunidade que estão prejudicadas.

Camilo, como ministro, anuncia apoio às reformas de escolas e creches brasileiras, mas deveria começar resolvendo um problema que ele criou como governador e que deixou pais, professores, funcionários e alunos em uma difícil situação. Deveria lembrar que o grosso do professorado juazeirense votou nele e em seus candidatos e, com um gesto de responsabilidade e gratidão, resolver o problema com o seu comandado Elmano de Freitas. Fica muito feio a um gestor a palavra não cumprida.