Ontem (30.05), na Praça Leandro Bezerra de Menezes (Praça dos Ourives), aconteceu a assembleia geral dos servidores públicos municipais de Juazeiro do Norte/CE convocada pelo SISEMJUN, sindicato dos municipários, com a adesão do Sindiguardas-CE e da AJUGAM, respectivamente o sindicato estadual da guarda civil e a associação dos guardas civis metropolitanos juazeirenses.
Marcada para começar às 9 h, veio iniciar mais de uma hora depois.
Contrapondo-se a movimentos anteriores onde os profissionais da Educação eram parte majoritária das ações conjuntas, dessa vez a participação dos professores foi reduzida, uma vez que tiveram o seu aumento salarial determinado pelo reajuste do piso nacional.
A composição majoritária dos presentes ficou por conta dos profissionais da Saúde. Também foi expressiva a participação dos guardas civis metropolitanos que se mostraram entusiasmados com a proposta da greve geral. A categoria defende a proposta prioritária da incorporação do valor da escala ao salário base.
Os discursos direcionados contra o prefeito Glêdson Bezerra (PODE) falavam do desrespeito do gestor em relação à data base dos municipários que é janeiro. O sentimento das categorias presentes aprovou por unanimidade o estado de greve geral, sendo escolhido o dia 6 de junho como a data para uma nova assembleia onde será votada a deflagração do movimento.
Prefeito envia mensagem de aumento salarial para o Legislativo
Enquanto os municipários se movimentavam rumo à aprovação do estado de greve geral, o governo municipal encaminhava a mensagem nº 95 à Câmara Municipal dispondo acerca do aumento salarial para os servidores públicos municipais, excetuando-se aqueles que têm seu piso determinado nacionalmente: professores, agentes comunitários de saúde (ACSs) e agentes de combate às endemias (ACEs).
A proposta de aumento salarial do governo municipal data de 23 de maio. Entretanto custou a ser protocolada. Apesar de ser protocolada com atraso, a abertura do texto apresenta um pedido de urgência.
A mensagem apresenta um aumento linear para todas as categorias que equivale à reposição da perda salarial experimentada pela inflação de 2022, ou seja, 5,79%. Levando em consideração a data base das categorias, o aumento proposto é retroativo a janeiro deste ano.
Qual o rumo?
Diante do sentimento dos servidores e da proposta de reajuste apresentada pelo governo municipal, para onde irão os municipários? No próximo dia 6, deliberarão pela greve geral ou aceitarão os 5,79% de reposição das perdas oriundas da inflação de 2022?
Uma só coisa parece ser certa: a não participação do magistério, dos ACSs e dos ACEs em um possível processo grevista. Mesmo assim, a assembleia demonstrou uma grande força. Resta saber o que acontecerá com a proposta que só ficou sendo conhecida depois da votação pelo estado de greve geral.
Repito a pergunta que não quer calar: Dia 6 de janeiro haverá deflagração da greve ou aceitação dos 5,79% retroativos? Com a resposta, os municipários juazeirenses.