Na sessão legislativa de Juazeiro do Norte/CE de ontem (25.10), o vereador Márcio Joias (UB), antigo braço forte da base de apoio do prefeito Glêdson Bezerra (PODE), usou o Grande Expediente para provar que o atual gestor municipal é corrupto.
No púlpito, Márcio Joias falou da primeira contratação emergencial da Revert Pró Ambiental, empresa que precedeu a MM na limpeza pública do Município. Também deu uma pincelada na segunda contratação da referida empresa.
Documentado, Márcio disse que o processo de escolha da Revert foi direcionado e, o que é mais incrível, pela primeira vez em uma contratação por uma Prefeitura, o poder público municipal se adaptou às exigências da empresa, quando o lógico, o correto, o coerente, o aceitável, o praticável, o usual é as empresas concorrentes atenderem às demandas do Município e não o contrário.
Através do esquema montado, Márcio disse que o governo Glêdson Bezerra/Giovanni Sampaio pagou muito mais do que era preciso. Segundo ele, aproximadamente R$ 1 milhão foram pagos a mais para a empresa, dinheiro do povo desviado que o vereador denunciante chamou de "a gordura", "a lama", "o caixa 2". "Quase um milhão de reais desviado dos cofres públicos. Aqui não é achismo não. Aqui é desvio", disse o vereador que acrescentou: "Eu nunca vi na minha vida, vereador Beto Primo, um Município que publica um edital e ele se adequa à empresa, doutor".
Continuando sua denúncia, o vereador fez questão de deixar claro que esse esquema criminoso é obra do prefeito: "E o pior de tudo é que isso aqui é um ato do prefeito. [...] Esse abacaxi aqui é dele. Porque isso aqui é um ato do prefeito".
Márcio enfatizou que de um contrato para outro entre a Revert e a Prefeitura - houve um contrato inicial emergencial de três meses - o valor pago por uma poda passou de R$ 2,53 para R$ 10,10, ou seja, um aumento de quase 500% em apenas três meses!!!!!
Márcio Joias diz que na relação entre Revert e governo Glêdson Bezerra existem os crimes de fraude à licitação, direcionamento licitatório, superfaturamento e lavagem de dinheiro. Segundo o vereador, suas denúncias serão encaminhadas à PROCAP, Procuradoria do Ministério Público responsável por investigar os crimes contra o patrimônio público no âmbito administrativo.