Cerca de 800 pessoas que dependiam das quentinhas distribuídas pela Prefeitura ficaram sem almoço ontem e hoje em Juazeiro do Norte. A secretária de Desenvolvimento Social e Trabalho, Josy Silva, afirma que o contrato com a empresa foi quebrado porque produtos básicos como arroz, feijão e carne eram fornecidos faltando uma parte ou simplesmente nem eram levados às cozinhas.
A situação de segurança alimentar na cidade mais populosa do Cariri já estava difícil com a interrupção do atendimento no restaurante popular, que fechou para reforma no prédio e está sem data para reabrir. Agora a falta de comida paralisou a entrega de quentinhas nas 4 cozinhas comunitárias, localizadas em bairros populosos e com muitas famílias de baixa renda: Frei Damião, Horto, João Cabral e Horto.
A prefeitura buscou dois paliativos. Ao meio-dia, foram entregues sacolas com alimentos perecíveis para algumas famílias. A família terá que fazer em casa. Não se sabe quantos têm acesso a gás. No final da tarde, há a promessa de que um sopão será distribuído. As saídas vão seguir sendo essas até que seja realizada nova contratação de empresa, o que depende de decretação de estado de emergência para acelerar a compra.
É de chamar atenção isso acontecer logo em Juazeiro do Norte, terra que historicamente foi refúgio para famintos de outros lugares do Nordeste.