Em um país onde a Corte suprema rasga a Constituição, onde policial é condenado por prender criminoso, onde ladrão rouba o cidadão e ainda chama o trabalhador de vagabundo, tudo pode acontecer.
Em Juazeiro do Norte/CE, município do nosso querido Brasil, o poste ultimamente deu para mijar no cachorro. É o jogo da inversão de valores.
Depois do prefeito Glêdson Aedes Lima Aegypti Bezerra (PODE) processar este editor por falar a verdade, agora a sua mãe processou o presidente da Câmara Municipal juazeirense, o vereador Darlan Lobo (PTB), pelo mesmo motivo.
A senhora Elizabeth Oliveira (Republicanos), candidata a deputada federal, entrou com uma ação ontem (24.08) contra Darlan. Seu advogado é o mesmo que impetrou a ação do prefeito contra mim.
Mas qual o motivo? Darlan falou a verdade ao repercutir as reportagens da TV Verdes Mares e a dor do povo juazeirense nas filas quilométricas da Central de Marcação chefiada pela mãe do prefeito. Quem no Juazeiro do Norte não sabe que Elizabeth tem a Central de Marcação da Secretaria de Saúde (SESAU) em suas mãos? Quem no Juazeiro do Norte não sabe que tem imagens da mãe do prefeito dentro da Central de Marcação dando ordens, atendendo em uma mesa, em pé conversando com as pessoas nas filas?
Socorro! Polícia! Prendam Fábio Souza Tavares e Darlan Lobo! Eles estão cometendo o crime de falar a verdade.
Quem deveria estar sendo processada é a senhora Elizabeth por fazer o povo pobre e idoso se humilhar em filas caóticas, em politizar a Central de Marcação, em transformar direito em moeda de troca política, em barganhar com a saúde da população ciceropolitana.
Para acabar com filas, com a dor desse povo que vive subtraído de seus direitos por capricho de pessoas que amaldiçoam a vida pública, basta a Secretaria de Saúde aderir ao Conecte SUS, programa implantado pelo governo Bolsonaro que não traz custos aos estados e municípios e promove a integração informatizada das marcações dos pacientes.
Mas não interessa ao governo municipal acabar com as filas e zerar a espera, pois o que querem é centralizar as marcações para delas fazerem uso político. Se quisessem resolver essa situação bastaria respeitar a legislação e colocar em prática a Lei de autoria de Romão França (PTB) que dispõe sobre a adesão do Município ao programa do governo federal.
Ao mover essa ação contra o presidente Darlan, a mãe do prefeito atraiu provas contra si mesma. E isso não é uma atitude inteligente.
Pior e o silêncio das autoridades. Que nada fazem.