Circula fotos de vigilantes armados, nas redes sociais, que foram contratados para fazer a segurança do Parque Ecológico das Timbaúbas, em Juazeiro do Norte/CE. O Sovaco de Cobra escolheu uma foto onde a identidade dos vigilantes foi preservada.
Existem, nesse caso, dois graves problemas. O primeiro é que o prefeito Glêdson Bezerra (PODE) e a Secretária de Segurança Pública, a senhora Sílvia Paula Soares Rodrigues, desrespeitaram a Lei nº 13022/14 em seus artigos 4º e 5º que determinam as competências geral e especificas das Guardas Municipais. A Lei federal dispõe sobre o Estatuto Geral das Guardas Municipais.
O artigo 4º deixa bem claro que bens, serviços, logradouros públicos e instalações, no âmbito da Municipalidade, são competência das Guarda Municipais. O artigo 5º especifica essa competência.
O ex-Secretário de (In)Segurança Pública Doriam Lucena, que chamou Glêdson de "egoísta", "sufocador", "malandro", "mala" e "sonso" antes dele ter declarado apoio ao Capitão Wagner (UB), agora mudou novamente de postura e saiu em defesa do gestor ao afirmar que os artigos 4º e 5º da Lei são apenas "exemplificativos". Ora! Então por que a Lei?
O segundo problema é que existem hoje dezenas de concursados da Guarda Civil Metropolitana (GCM) em estado de espera pelo curso de formação que será um passo decisivo para a convocação desses profissionais. Mas o prefeito Glêdson Bezerra não tem o menor interesse nisso. A ação judicial que tem congelado o início do curso caiu como uma luva nas pretensões do governo municipal que aproveita a situação para negligenciar a chamada dos concursados passando por cima de um direito conquistado pelo mérito e capacidade pessoal.
Nas imagens do uniforme dos vigilantes que circulam nas redes sociais está estampada a bandeira do Município. Uma prova gritante de que para Glêdson é melhor terceirizar, precarizar, sucatear do que cumprir com o dever de gestor comprometido com o esmero da prática em defesa da administração pública. O prefeito juazeirense de plantão prova mais uma vez que é traidor e que suas palavras não se escrevem nem se inscrevem nas linhas do que é real e verdadeiro.