A audiência pública destinada à debater o Transtorno do Espectro Autista (TEA) convocada pela Câmara Municipal e que se realizou sexta-feira (29.04) na Câmara de Vereadores (sede antiga) demonstrou a hipocrisia do governo Glêdson Bezerra (PODE) em relação à problemática.

As falas das representantes do governo municipal das Secretarias de Saúde, Educação e Desenvolvimento Social e Trabalho traçaram um quadro longe da realidade como se a atual gestão estivesse desenvolvendo um trabalho de excelência em relação aos autistas. Nada mais falso.

A militante da causa em defesa dos direitos das crianças especiais, a senhora Francisca Gomes, mãe de duas crianças autistas, foi a única que colocou a real situação do tratamento dispensado pelo governo municipal às crianças com TEA, qualificando-o como um total desrespeito tanto às crianças como as Leis que garantem os seus direitos.

Contrariando o discurso oficial, Francisca mostrou por A mais B (é o novo!) que as crianças com TEA são submetidas, pelo poder público municipal, a situações de desrespeito: falta de atendimento integral, falta de profissionais, falta de medicamentos, retorno aos médicos com tempo de espera excessivos, não aceitação de matrículas de crianças com necessidades especiais, marginalização de um aluno autista na sala de aula, exposição de alunos autistas a bullying etc. Uma situação revoltante. Francisca também disse que a última vez que seu filho teve acesso a um fonoaudiólogo foi ainda no governo Zé Arnon.

Infelizmente, o discurso do governo Glêdson Bezerra tenta, a todo custo, encobrir uma dura e cruel realidade: a de que muitas crianças AUTISTAS do Município estão com o futuro comprometido por conta da política da atual gestão político-administrativa de Juazeiro do Norte.