Na última sessão legislativa (3) de Juazeiro do norte/CE, vereadores questionaram a não implementação das emendas impositivas pelo governo Glêdson Bezerra (PODE/PSD). Emendas impositivas são aquelas em que os vereadores, individualmente, apontam em que e onde o percentual a que tem direito do Orçamento do Município para ser gasto com a população deve ser destinado. Exemplo: Se Francisca Gomes é vereadora e tem direito a R$ 350 mil de emendas impositivas, ela pode determinar que todo esse dinheiro seja empregado em prol do atendimento às crianças com necessidades e especiais. Ela decide e o governo municipal executa. Quando o Poder Executivo não coloca em prática o atendimento a essas emendas parlamentares, incorre em crime de responsabilidade e o gestor pode ser cassado. O governo Glêdson Bezerra não está cumprindo e, por isso, o prefeito está sujeito à cassação, algo que, acredito, a Câmara Municipal não fará.
Respondendo ao questionamento da Câmara, o Secretário de Finanças Paulo André, também conhecido como Secretário do Pedalinho e do Usucapião, afirmou que as emendas impositivas não foram colocadas em prática porque a Prefeitura teve que fazer pagamentos de restos de 2020 (a empresa alaranjada do vereador Márcio Joias está nesse meio). Como sempre, toda vez que a atual gestão quer fugir de sua responsabilidade coloca a culpa no governo anterior. Na campanha à reeleição em 2024 encontraremos Glêdson Bezerra dizendo em seu palanque: "Neste ano de 2024 deixamos de fazer isso e aquilo pelo rombo deixado pelo ex-prefeito Arnon Bezerra". Arre égua!
Diante de mais esse fato, a população de Juazeiro do Norte quer saber quem está mentindo: é Glêdson Bezerra (PODE) ou Glêdson Bezerra (PODE)? Em um mesmo dia, e às vezes em uma mesma entrevista, o governo municipal juazeirense tem dinheiro para tudo e não tem dinheiro para nada. Isso nem a economista Lilian Witte Fibe consegue explicar.
Em 2021, embora o prefeito bradasse aos quatro cantos que juntara milhões fazendo economia, não tinha dinheiro para aumento para os servidores, para o Restaurante Popular, para chamar todos os concursados, para atender às crianças com necessidades especiais, para pagar clínicas e hospitais, para colocar combustível nas viaturas da Guarda Civil Metropolitana (GCM)... Para que isso, minha gente? O prefeito está certo. Uma cirurgia, uma tomografia, um atendimento de Segurança Pública... Coisas meras, superficiais.
O dinheiro da Prefeitura estava voltado para coisas mais essenciais que realmente interessam à população: empregos para familiares de Glêdson e asseclas com o respectivo 13º, dinheiro para ser roubado pelo Instituto Diva Alves do Brasil (IDAB) com a conivência do prefeito e da Secretária de Saúde Francimones Albuquerque (ainda tem gente que diz que esse governo é honesto)... E por aí vai.
A grande verdade é que para o governo municipal juazeirense e seu respectivo prefeito tem dinheiro para o que lhe é prioritário e não tem para o que lhe é secundário. Ironias à parte, as necessidades e interesses da população e dos servidores não são prioridades para o prefeito Glêdson Bezerra. Tampouco as emendas impositivas que dão aos vereadores uma relativa autonomia no direcionamento e encaminhamento de suas propostas prioritárias. Isso não interessa ao prefeito. A Glêdson Bezerra interessa uma Câmara amarrada e submissa que mendigue, com um pires na mão, as migalhas que caem do nababesco banquete do Executivo. Creio firmemente que a esse papel a Câmara não se prestará.
Bem simples e só a camara fiscalizar de verdade, mas fica três a cinco aceitando tudo calado por vantagens nada republicanas como diz o Kiko!