Veja o que aconteceu em Juazeiro do Norte/CE. Mais uma da Secretaria de Saúde (SESAU) do governo Glêdson Bezerra (PODE/PSD).
Ontem (11), o oftalmologista Flávio Sá publicou nas redes sociais uma grave denúncia contra a Secretaria de Saúde (SESAU) em relação à campanha de vacinação contra a Covid-19. Uma denúncia que merece total atenção do Ministério Público e da Vigilância Sanitária.
O médico, ao levar seu filho para se vacinar, constatou que as doses estavam sendo aplicadas através de seringas não esterilizadas que, por sua vez, estavam próximas ao material já utilizado (seringas, algodão com sangue). Vendo tal situação, o médico reclamou e teve por parte da enfermeira responsável uma resposta totalmente em desacordo com os padrões de sanitarização básico em qualquer ambiente de saúde. Leia abaixo o texto do médico Flávio Sá onde ele relata e descreve o absurdo que presenciou no Centro de Dermatologia.
"Boa noite, me chamo Flávio Sá e como médico sinto-me no dever de denunciar a situação de descaso sanitário que presenciei ontem (10/01) no Centro de Dermatologia durante a aplicação da segunda dose da vacina anti-Covid.
Cheguei lá por volta das 20:30 levando meu filho para tomar a vacina. Ao chegar no local de aplicação verifiquei que as seringas e agulhas que estavam sendo usadas para aplicação estavam todas desembaladas (não estéreis) jogadas dentro de uma caixa de papelão, sem o menor cuidado. Essa caixa ficava ao lado da caixa de descarte do material já utilizado. Ao ver a situação questionei com a técnica de enfermagem porque não estava sendo utilizadas seringas e agulhas estéreis( o que é obrigatório para qualquer procedimento invasivo, mesmo a aplicação de vacina) e a profissional, com um olhar espantado pois não sabia que eu era médico, informou que não havia material estéril e que se quisesse fosse falar com a coordenadora. Neguei imediatamente a aplicação da vacina no meu filho e fui falar com a pessoa a qual me informaram ser a enfermeira responsável. A mesma mostrou-se bem intransigente, questionando comigo que as seringas e agulhas, embora desembaladas e jogadas em uma caixa qualquer, estavam estéreis! Achei aquilo um absurdo , uma enfermeira falar tamanha insanidade! Questionei com ela que o material obrigatoriamente deveria ser estéril e ela simplesmente me disse que se não quisesse aquele material não poderia fazer a vacina em meu filho. Contudo ao falar para todos os presentes que eu não aceitaria fazer a vacina naquelas condições e que retornaria amanhã levando uma seringa estéril para fazer a aplicação, imediatamente apareceram várias seringas embaladas(realmente estéreis). O que significa dizer que existe o material correto mas que mesmo assim , não sei por qual motivo, estão utilizando seringas e agulhas não estereis, colocando em risco a saúde das pessoas leigas que vão se vacinar confiando na idoneidade do órgão público. Esse fato já seria grotesco em qualquer lugar mas em um ambiente de campanha promovido pela secretaria de "Saúde " do município é algo realmente assustador. Diante disso faz-se necessário questionar à Secretaria de Saúde o porquê dessa prática irresponsável, negligente e perigosa para a saúde das pessoas que estão indo se vacinar. Gostaria que os jornalistas da rádio não apenas denunciassem o que está acontecendo mas que cobrem providências da Secretaria de Saúde, para que essa prática vergonhosa não continue. Obrigado."
Tbem percebi esse descaso e inclusive o fato das pessoas depois de serem vacinadas jogarem o algodão com sangue no chão e ñ serem chamadas à atenção para o descarte correto, tudo absurdo!