Enquanto diversos municípios, independente do tamanho, pagarão, estão pagando ou já pagaram o 14º ao corpo docente com o saldo da penúltima parcela do FUNDEB - a última ainda nem entrou -, em Juazeiro do Norte/CE a coisa é bem diferente.

Alguns falam em quase R$ 40 milhões de saldo, mas a Prefeitura não fala nada.

Com um sindicato (SISEMJUN) legalista que não lembra nem de longe o tempo em que era dirigido por Fábio José e por Mazé, com uma categoria de professores desmotivada para a luta direta, sobra a manifestação nas redes sociais, campo democrático onde os trabalhadores da Educação exprimem sua indignação com o prefeito Glêdson Bezerra (PODE).

Em um grupo de professores local, no WhatsApp, uma professora cobrou enfaticamente da mãe do prefeito: "Olha, Elizabeth, manda o teu filho pagar o rateio da gente, tá? A sobra do FUNDEB de 2021. Manda o teu filho pagar o rateio da sobra do FUNDEB da gente porque dinheiro sobrou, você sabe muito bem disso. E você está nesse grupo sim. E eu sou Albênia. Você sabe, né? Então, Elizabeth, por favor: mande seu filho nos pagar a sobra do FUNDEB, viu? Porque em todos os lugares estão pagando, fazendo o rateio. Então, ele que faça aqui também".

Essa indignação, dentre outras coisas, também é resultado da postura intransigente e camuflada de uma gestão que, diferentemente do que disse o ainda procurador-geral e corregedor-geral Wilson Melo, não tem nada de transparente.

Os professores devem exigir que as contas do FUNDEB sejam abertas à população e à categoria. Por que esconder o que é público do povo?

Nesse Natal, o prefeito regozijará em comemoração nababesca enquanto os professores comerão o panetone amargo e salgado da falta de valorização. Como Papai Noel não trará o tão sonhado presente de direito aos professores, resta à categoria exigir unânime e unissonamente o RATEIO DO FUNDEB.

Segundo informações, o saldo do FUNDEB, sem a última parcela, é de R$ 39.910.219,02 (Foto: Reprodução)