Fruto da luta incessante de grupos de mães de crianças com necessidades especiais, com a grande e efetiva participação de Francisca Gomes que tem um filho autista e com TDAH, a inauguração do Centro de Referência em Saúde Mental Infanto-juvenil, localizado à Rua Odete Matos de Alencar, 894, bairro Lagoa Seca, onde passou a funcionar o Centro de Atenção Psicossocial Infanto Juvenil José Francisco Filho (Seu Mocinho) - o CAPSi - e foi criado o Centro de Atenção à Pessoa com Espectro Autista (CAPTEA), deve funcionar plenamente sob o risco de ser visto como mais uma maquiagem do governo Glêdson Bezerra (PODE) que vende filé mingon mais entrega só carne de pescoço.
O prédio alugado é amplo, mas tem sofrer algumas adequações. Uma delas é em relação às escadas que devem ter proteções de acesso, uma vez que oferecem perigos às crianças com transtornos mentais e problemas de motricidade.
Embora menos distante que a sede do CAPS i, a nova sede também é longínqua e de difícil acesso, uma vez que não passa ônibus próximo.
Francisca Gomes e seu filho Carlos Júnior (Foto: Francisca Gomes/Arquivo Pessoal)
Outra mudança que deve acontecer é a efetiva realização de atendimento dos psiquiatras infantis Andréa Feitosa Santos e Jair Lopes Macedo na referida instituição, já que eles há meses estão contratados pela Prefeitura como médicos do CAPS i - atualmente com um salário de R$ 8 mil - sem nunca terem prestado serviços neste Centro de Atenção Psicossocial.
É importante que a 2ª e a 7ª Promotorias do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) de Juazeiro do Norte/CE e a Vigilância Sanitária realizem uma inspeção no novo equipamento como a que foi realizada recentemente e comprovou, in loco, a total incompetência e prevaricação da Secretaria de Saúde (SESAU) municipal no gerenciamento do atendimento às crianças com necessidades especiais.