A Secretária de Saúde Fura-Fila Francimones Rolim de Albuquerque, figura de destaque do governo Glêdson Bezerra (PODE) em Juazeiro do Norte/CE, trata com profundo desdém o Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), particularmente a 2ª e a 7ª Promotorias que foram as únicas a se manifestarem contra o caos instalado na Saúde pública municipal, particularmente em referência à Saúde Infantil e, mais particularmente, em referência ao tratamento deficitário às crianças com necessidades especiais.
Ao responder à 7ª Procuradoria do MPCE que instaurou processo contra a Secretaria de Saúde (SESAU) por prevaricação em relação ao atendimento às crianças com autismo - Transtorno do Espectro Autista (TEA) -, a Secretária mentiu ao afirmar que "a periodicidade nas consultas médicas é de acordo com a demanda de cada assistido" e que a Saúde Infantil municipal é "um serviço de porta aberta, ou seja, não precisa regulação previa (sic) de consultas via central de marcação. No entanto, só permanece em acompanhamento aquele assistido que tenha perfil de acompanhamento especializado". Nada mais falso. A própria conclusão da inspeção do MPCE, através da 2º Promotoria, e da Vigilância Sanitária estadual no CAPS Infanto Juvenil foi enfática ao afirmar que "ficou constatado que existe uma demanda reprimida por atendimento. Há um cadastro com cerca de 700 nomes de crianças que o CAPS não consegue atender simultaneamente e que precisam de atendimento psicossocial".
A prova das declarações falsas ao Ministério Público estadual são as reclamações cotidianas das mães que não não têm atendimento regular para suas crianças que acabam prejudicadas em seu desenvolvimento social, psíquico e motor pela prevaricação da SESAU nesta área - e em todas as outras. É necessário uma inspeção da 7ª Promotoria para constatar a real situação enfrentada pelas crianças com necessidades especiais na Secretária de Saúde de Juazeiro do Norte. Abaixo, alguns encaminhamentos para três crianças, alguns com quase dois meses, e que até hoje, 25 de outubro de 2021, ainda não foram atendidos. Fica a pergunta: Onde é mesmo que a Saúde Infantil voltada para essas crianças é "um serviço de porta aberta"? As crianças em questão, cujas mães nos autorizaram a publicar as solicitações médicas, sofrem de, respectivamente, TDAH, ansiedade e depressão, e autismo (TEA) e TDAH.
P. S.: Qualquer inspeção séria revelará, como revelou a realizada pela 2ª Promotoria do MPCE de Juazeiro do Norte com a Vigilância Sanitária estadual, o que as mães de crianças com necessidades especiais sabem: a Saúde Infantil da atual gestão municipal é uma FRAUDE.