Hoje a Guarda Civil Metropolita (GCM) de Juazeiro do Norte/CE sofre uma profunda crise. Uma crise estrutural e moral. Após ter apostado todas as suas fichas na eleição do prefeito Glêdson Bezerra (PODE), descobriu que o príncipe é um sapo. Por longe dos holofotes da grande mídia e do teatro montado e publicizado, a realidade da corporação é bem diferente: viaturas encostadas, prédio recém inaugurado sem estrutura, GCMs dormindo no chão, cobrança excessiva, falta de aumento salarial e risco de perder conquista.
O Secretário de Segurança Pública Dorian Lucena (PROS), juntamente com o prefeito, vendeu a ideia de uma GCM bem estruturada e satisfeita. Nada mais falso. Enquanto Dorian experimenta o glamour da grande mídia para criar um nome que possa competir como deputado estadual, o descontentamento aumenta na corporação.
As falas dos guardas demonstram o caos por eles enfrentado. Dos automóveis, somente a viatura da Patrulha Maria da Penha funciona a contento. Também reclamam de equipamentos que estão sendo usados por pessoas que não são de carreira e que também estão sendo utilizados em benefício próprio, particular, o que contraria os princípios básicos da administração pública e é crime de peculato.
Quanto à nova sede inaugurada - uma necessidade ocasionada pela reforma do nosso querido Estádio Municipal Mauro Sampaio, o Romeirão - é sem estrutura, com salas quentes e poucas beliches, o que leva alguns guardas a dormirem no chão durante o intervalo do trabalho. Segundo os guardas, a "solução" da nova G12 não resolveu o problema.
Os GCMs também reclamam do assédio através da cobrança excessiva de trabalho e das promessas eleitorais que não foram cumpridas pelo atual gestor municipal. O acesso dos representantes sindicais da categoria ao prefeito é quase inexistente. Existe um sentimento na corporação de que com Glêdson Bezerra a GCM está muito pior.
Outra insatisfação da GCM está na ausência de aumento salarial, principalmente porque o prefeito sempre diz à grande mídia e em suas redes sociais que economizou milhões. Mas para onde está indo esse dinheiro? O prefeito diz que não pode dar aumento salarial aos guardas civis metropolitanos por conta da pandemia, mas deu aumento aos agentes de autoridade de trânsito que são profissionais ligados à mesma Secretaria. Fica a pergunta: Onde foi parar a isonomia?
Com todos esses problemas, o governo municipal ainda quer retirar da GCM o direito conquistado da gratificação da atividade comunitária.
Eis a realidade da GCM: nenhuma conquista, expectativas frustradas e risco de perderem direito já assegurado. Nada é tão ruim que não possa piorar.