A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o acúmulo de salários da primeira-dama Cícera Edana Tavares Luna que atualmente é Secretária de Saúde de Aurora/CE tem movimentado a discussão política naquele Município.
A senhora Cícera Edana, que antes ocupava o cargo de Subsecretária de Educação na gestão do marido, o prefeito Marcone Tavares de Luna (PSD), é acusada de receber dos governos estadual e municipal quando o correto seria receber por apenas um dos provimentos, já que, segundo o governo municipal, ela é cedida ao serviço público de Aurora pelo governo estadual.
A oposição, em requerimento para a abertura da CPI, apresentou provas retiradas do Portal da Transparência demonstrando que a primeira-dama está sendo duplamente remunerada como Secretária municipal e professora estadual. Segundo o requerimento, essa parece ser a situação de várias outras pessoas que foram nomeadas pela atual gestão do Executivo aurorense.
Tal situação tem causado estranhamento nos meios políticos e já resultou, inclusive, em discussão entre a primeira-dama e a mulher que dizem ser a responsável pelas denúncias. A oposição, ligada ao MDB e ao grupo dos Macedo do ex-prefeito João de Zeca e do ex-deputado e ex-prefeito de Juazeiro do Norte Raimundão, é quem mais se beneficia dessa situação.
O regimento interno da Câmara Municipal aurorense, assim como regimentos de inúmeros legislativos, autoriza a abertura de uma CPI com a assinatura de 1/3 dos vereadores, o que aconteceu em Aurora que tem em sua composição parlamentar 11 edis e cuja CPI, aberta no dia 14, portanto há dois dias, contou com quatro assinaturas: Antônio Wilton dos Santos, Cicero Evangelista Lopes, José Aderlânio Macêdo e Sebastiana Maria da Assunção Macedo.