Você acredita em uma Secretaria de Educação (SEDUC) que tem seu teste seletivo para professores barrado pelo Ministério Público? Você acredita em uma Secretaria de Educação que distribui "kits de alimentação" estragados? Você acredita em uma Secretaria de Educação que não disponibiliza, durante quase nove meses, professores de Matemática e Português? Você acredita em uma Secretaria de Educação que coloca médias bimestrais nos registros escolares sem que aulas tenham sido realizadas?
Você acredita que a SEDUC pode fraudar a seleção de gestores em Juazeiro do Norte/CE? Por tudo que estamos vendo, é fácil acreditar. Esse é o temor daqueles que foram aprovados na seleção, particularmente para a função de diretor. Isso porque a SEDUC exigiu que no ato da entrega do formulário de inscrição da chamada pública ao banco de gestores escolares, os aprovados como diretores apresentassem um plano de ação de gestão escolar. Não que esses profissionais não tenham capacidade de fazê-lo, mas porque tal cobrança não foi previamente oficializada.
Para tal, a SEDUC se ampara na Resolução nº 02 de maio de 2015, do Conselho Municipal de Educação (CME). Entretanto, em nenhum momento tal Resolução foi citada no edital do teste de seleção que instituiu uma etapa única que foi a realização de uma prova objetiva.
Essa novidade apresentada pela Secretaria soou como a realização de uma segunda etapa e deixou os aprovados no cargo de diretor apreensivos. E com toda razão.
Em uma administração escancaradamente marcada pelo nepotismo, pelo clientelismo e favoritismo, pelas rachadinhas - como bem disse a mãe do prefeito - e pelos falsos discursos, os aprovados têm que estar antenados, unidos, organizados e mobilizados em busca de uma solução que evite uma possível adulteração dos resultados com o intuito de privilegiar pessoas ligadas à atual gestão. Um bom começo seria procurar o Ministério Público (MP) e publicizar essa conversa com o MP através da imprensa e das redes sociais.
Os absurdos, sempre defendidos por discursos surrelistas, são marcas registradas do governo Glêdson Bezerra. O contraponto é a ação com conhecimento de causa e a disposição de luta.