"Essa pessoa que nega o remédio é um criminoso, tá cometendo um crime contra a sua saúde", disse o médico e ex-prefeito Dr. Santana sobre a decisão da SESAU (Foto: Helene Santos)
Na manhã de hoje (31), os ex-prefeitos de Juazeiro do Norte/CE, Raimundo Macedo e Zé Arnon, conversaram com o Sovaco de Cobra sobre a determinação da Secretaria de Saúde (SESAU) de não aceitar receituários e solicitações deles. Tanto Raimundão como Arnon são médicos e atualmente atendem a população juazeirense que tem sofrido com a falta de médicos nos PSFs.
Raimundão afirmou ser um erro do prefeito Glêdson Bezerra e da Secretária Francimones Albuquerque, pois ele e Arnon estão ajudando a população juazeirense e o próprio governo municipal em um momento de crise da Saúde pública local que sofre com a falta de medicamentos e médicos. Disse que sempre atendeu à população por vocação profissional e humanitária e que não faz isso de maneira eleitoreira. Raimundão disse que a decisão é meramente política e que ela não enxerga a necessidade da população e o sofrimento do povo carente. Segundo ele, "É uma decisão impopular". O ex-prefeito afirmou que continuará atendendo à população que precisa e que é lamentável que haja esse tipo de discriminação na atual gestão municipal.
Zé Arnon também disse que continuará atendendo e que a decisão é política e equivocada e que parte do prefeito Glêdson Bezerra e, principalmente, do vice Giovanni Sampaio que se considera "o dono da verdade". Arnon diz que tem compromisso com o juramento médico que prestou, que o custo da Saúde atualmente é muito alto e que atende a parcelas da população que estão em áreas desassistidas pelos médicos do Município. Diz que prescreve medicação genérica e que a Prefeitura tem que atender a esses pacientes que realmente precisam do poder público municipal. "Não me ofereço. Sou convidado pelas comunidades e associações".
O ex-prefeito Dr. Santana, em um programa de rádio local, afirmou que considera a determinação um grande absurdo. "A assistência terapêutica integral, inclusive a farmacêutica que é a questão da medicação, ela é um direito garantido na Lei brasileira, na Constituição, regulamentado pela Lei 8.080, de 1990, que é a lei do Sistema Único de Saúde e que garante que você tem o direito à medicação para tratar a sua doença. Eu quando fui deputado, eu fiz, pra reforçar essa questão aí, já que percebia muito esse problema... Você vai no posto de saúde aí não tem médico. Aí você procura um médico que é conhecido seu, que é seu amigo, você vai lá e pede uma receita a ele e quando você chega pra receber o remédio no seu posto de saúde, o remédio que você costuma tomar e que não foi prescrito pelo médico de lá porque não tinha médico, (...) você não consegue receber porque simplesmente tem um burocrata lá cumprindo uma ordem que diz que só pode receber se a prescrição for feita num receituário do SUS. Então isso não existe. Eu fiz uma lei, quando fui deputado, é a Lei 16.458, de 19 de dezembro de 2017, (...) que ela regulamenta a distribuição do remédio que tem na RENAM* (Relação Nacional da Medicação) que fica colocado no posto de saúde, é para ter colocado no posto de saúde. Então você tem direito de pegar aquela medicação". Santana defende Raimundão e Arnon e orienta as pessoas que tiverem seu direito à medicação negado a procurar o Ministério Público.
* Dr. Santana se refere à RENAME, a Relação Nacional de Medicamentos Essenciais.
Existe uma lei que permite o médico que cobre a áreas não coberta pelo município pela falta do médico (férias, desistência do cargo ou outro tipo de afastamento) a secretaria de saúde tem obrigado de fornecer os remédios sob pena de está cometendo crime de saúde pública por omissão
Deixa de tá enchendo linguiça, Sovaco de Cobra, oque não pode é eles darem receituário com a receita da prefeitura se eles não trabalham para o município. Arnon compre os blocos de receita, até isso você desvia rapaz...
Interessante e que a secretaria de saúde marcar exames médicos feito a solicitação por médicos da unimed