Em sua programação da Semana do Município, o governo Glêdson Bezerra se limitou a "reinaugurar" obras que começaram a ser reformadas na gestão passada. A exceção foi a EEF Professora Odete Oliveira Monteiro, do Campo Alegre, que realmente se tratou de uma inauguração, embora também herança do governo municipal anterior.
A escola leva o nome da mãe da ex-vereadora Rita Monteiro (PDT) que, por esse motivo, foi convidada a participar da inauguração.
Rita Monteiro, também professora, agradeceu, em seu discurso, a Deus pela mãe que teve, à ex-vereadora Auricélia Bezerra (PTB), autora do projeto de nomeação do referido equipamento de ensino, aos ex-vereadores e atuais vereadores que foram co-autores, dentre os quais o atual prefeito de Juazeiro do Norte, e ao ex-prefeito Zé Arnon (PDT) que sancionou a Lei.
A professora e ex-vereadora Rita Monteiro, em noite de homenagem à sua mãe - uma homenagem que alcançará gerações -, bem que poderia ter uma noite perfeita, dentro do contexto permitido. Entretanto, não pôde esconder seu aborrecimento com a cerimonialista do evento que tentou, segundo a minha fonte de informação que estava presente, censurar o seu discurso.
A cerimonialista, vista constantemente ao lado do repórter Delton Sá, aproximou-se sozinha de Rita e primeiro disse que não era permitido participar do evento com discurso escrito, sendo retrucada pela ex-vereadora. Diante disso, levou o discurso redigido de Rita a uma sala reservada e, em seguida, retornou dizendo que Rita não poderia ler o discurso, somente a biografia da mãe que dava nome à escola. Já bastante aborrecida, Rita disse que iria ler tudo, pois se tratava de sua autoria. Para evitar um problema que trouxesse um constrangimento ao evento cívico com uma possível repercussão na grande mídia e nas mídias sociais, Rita leu o seu discurso na íntegra agradecendo também ao ex-prefeito Zé Arnon, para desespero dos integrantes do governo municipal que ali estavam presentes.
Não me lembro de ter visto atitude tão deplorável e antidemocrática em eventos dessa natureza em Juazeiro do Norte. O governo municipal deveria censurar falas como a da mãe do prefeito - que atestou que na atual gestão o uso de laranjas no esquema de rachadinha deve ser prática recorrente na Saúde pública municipal - e não o discurso de uma ex-vereadora atuante e engajada que ali estava presente com o simples e altivo propósito de também homenagear o nome de sua mãe que foi uma educadora de renome.
Juazeiro do Norte não precisa de censura; precisa de transparência, de competência e de honestidade. Isso sim, faz-nos muita falta.