Pelos embates políticos e pelas linhas de O Rebate do padre Joaquim de Alencar Peixoto e do professor José Joaquim Teles Marrocos, pela determinação do médico Floro Bartolomeu e sob a égide do padre Cícero Romão Batista, surgiu Joaseiro, o nosso Juazeiro do Norte, emancipando-se em 22 de julho de 1911.
Juazeiro da Sedição de 14, da beata Maria de Araújo e das grandes romarias, da experiência comunitária do Sítio Baixa Dantas - prenúncio da comunidade agrícola do Caldeirão -, do boi Mansinho, das contendas, das loas e das ladainhas.
Juazeiro que experimentou o grande milagre de passar de vila à capital regional do Cariri. Juazeiro dos artífices com seus ourives, mestres em sapataria, relojoeiros e santeiros. Juazeiro das oficinas e dos santuários, da fé e do trabalho, das festas e do labor diário.
Juazeiro dos arranjos produtivos, do turismo religioso, econômico e acadêmico, das feiras e mercados, do Bálsamo da Vida e da Cajuína São Geraldo. Juazeiro dos fogos e dos folguedos. Juazeiro sem medo, indômito, alvissareiro.
Juazeiro cosmopolita, amálgama de várias cores, de várias crenças, de várias artes, de várias vocações, do crescimento econômico e acadêmico.
São tantas obras, tantos nomes, tantos feitos que não cabe em um escrito, em uma só mente, mas explode em nosso peito.
Juazeiro centenário, parabéns, ó Juazeiro!, por mais um ano de vida!
Embora vítima de intempéries, perfídias, conjunturas políticas embevecidas no lúgubre lodaçal das ilusões abortadas, Tu sempre passas e peremptoriamente assinalas a tua força. És gigante, enaltecido, ascendente, iluminado. E não é do leme inconfiável que se faz o teu destino, pois teu caminho quem delineia é o teu povo.
Viva os 110 anos do nosso querido Juazeiro do Norte!