O prefeito de Juazeiro do Norte/CE Glêdson Bezerra (PODE) comunicou à imprensa e nas redes sociais nesta quarta-feira (03.01) que o Município não fará mais parte do Consórcio de Saúde que engloba a Policlínica João Pereira dos Santos e o Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) estadual.
Juazeiro do Norte, como acionista majoritário do referido consórcio, repassa anualmente R$ 3.604.533,84 para o funcionamento do mesmo. Segundo o governo municipal, o Município pode ofertar os mesmos serviços do consórcio e a mesma quantidade a um custo de R$ 1.574.252,64, ou seja, a menos da metade, o que lhe renderá uma economia de R$ 2.030.281,20 que poderá ser aplicada em prol da própria Saúde Pública municipal juazeirense. Ou seja, uma oferta para a população mais que duas vezes maior que a ofertada pelo consórcio.
Essa medida, em se tratando da Policlínica que é situada em Barbalha, também traz um benefício a mais que é a diminuição com os gastos de transporte. Para quem não tem transporte próprio e tem problema de mobilidade, um táxi ou um aplicativo é a condição necessária para o deslocamento de Juazeiro até a referida unidade de saúde. Quem mora no Tiradentes 3, por exemplo, desembolsa mais de R$ 40,00 para ir e voltar pelo 99.
O comunicado feito pelo prefeito provocou uma reação positiva em boa parte da população, mas a oposição tenta desacreditar a proposta dizendo que se trata de uma medida eleitoreira. A pergunta que faz é: "Por que só agora?".
Independente do cenário político pré-eleitoral, o que deve ser avaliado nesse momento é a validade da iniciativa. Como dizem os mineiros, antes tarde do que nunca. Mas é bom ressaltar que a nova Secretária de Saúde, a cardiologista Andréa Landim, só assumiu a pasta recentemente, no primeiro dia de dezembro.
Entretanto, tal saída não se deve dar imediatamente, de hoje para amanhã, pois é preciso cumprir o rito burocrático inerente a tal decisão, bem como inserir as pessoas atualmente atendidas pelo convênio nas novas frentes que se abrirão.
Enquanto isso, fica a expectativa. E a população julgará se o passo dado foi um acerto que trará melhorias ou um equívoco que prejudicará a vida das pessoas que precisam dos serviços ofertados.