O balanço do conflito indica, até o momento, ao menos 1077 mortos: 700 pessoas em Israel; 370 na Faixa de Gaza; e 7 na Cisjordânia. Os feridos já passam de 2 mil.
Referindo-se aos ataques-surpresa do Hamas da véspera, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu que derrotará o grupo radical islâmico, mas alertou que a guerra “vai levar tempo”. O político conservador enfatizou que os eventos recentes foram algo “jamais visto em Israel” e jurou “vingança esmagadora por esse dia negro”. O premier garantiu que as forças militares israelenses chegarão a todos os lugares onde o Hamas possa estar se escondendo.
Netanyahu disse considerar o grupo diretamente responsável pela segurança e pelo bem-estar dos civis e soldados que mantêm cativos, acrescentando que Israel “acertará contas com qualquer um que cause danos” a esses reféns. Segundo observadores, o sábado foi o dia mais sangrento do conflito israelo-palestino desde a guerra do Yom Kippur, há 50 anos.
Soldados israelenses lutam contra combatentes do Hamas nas ruas do sul de Israel e lançam ofensivas de retaliação que destruíram edifícios em Gaza, enquanto, no norte de Israel, uma breve troca de ataques com o grupo militante libanês Hezbollah gerou temores de uma escalada no conflito.
Os combates consistem na reação de Israel ao ataque-surpresa sem precedentes desse sábado, partindo de Gaza, no qual combatentes do Hamas, apoiados por uma barragem de pelo menos 2,5 mil foguetes, romperam as cercas de segurança e invadiram comunidades próximas.
Os militares do Hamas raptaram civis israelenses, levando-os ao enclave costeiro de Gaza, incluindo mulheres, crianças e idosos. É provável que essas vítimas sejam usadas em tentativas de negociação de milhares de prisioneiros palestinos detidos por Israel. Os líderes do Hamas disseram estar preparados para uma nova escalada de violência.