Ainda de acordo com o jornal britânico, a mulher, que se tornou-se famosa na Rússia depois de entrar para o livro de recordes. Ela sobreviveu à repressão da ditadura de Stalin e iria comemorar o seu 130.º aniversário no dia 1° de junho do próximo ano.
Segundo o neto de Koku, a mulher jantou normalmente no dia em que morreu, na sua casa na aldeia da Chechênia.
“Ela estava falando e brincando normalmente. De repente sentiu-se mal, sentiu uma dor no peito. Chamamos o médico, que nos informou que a pressão dela estava baixa e aplicaram-lhe injeções. Mas não conseguiram salvá-la, ela morreu tranquilamente e totalmente consciente“, revelou.
Apesar da longevidade, Istambulova disse por diversas vezes em entrevistas que concedeu que considerava um “castigo” sua longa vida. Além disso, sempre afirmava que não fora feliz “um único dia” da sua vida.
Em um testemunho extraordinário e comovente transmitido no ano passado, a mulher mais velha do mundo relatou o terrível dia, há 75 anos, em que o seu povo checheno foi deportado em massa para o Cazaquistão pelo terror da ditadura comunista.
“Stalin alegava que o nosso povo colaborava com os nazis e que éramos pessoas más e por isso tivemos que partir. Foi um dia horrível, frio e sombrio. Fomos colocados num trem e levados para onde ninguém sabia o destino. As carruagens estavam cheias de pessoas, com lixos e dejetos por todo o lado”, contou Istambulova na ocasião.
A família sepultou Koku Istambulova na sua aldeia natal, Bratskoe. Ela deixou cinco netos e 16 bisnetos. Nasceu quando a Rainha Vitória ainda estava no trono do Reino Unido e antes mesmo da coroação de Nicolau II, o último o último czar da Rússia. Ademais, Koku sobreviveu à União Soviética, que promoveu o segundo maior genocídio da história, só atrás da revolução comunista da China.
