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EXTRAORDINARIAMENTE ASSUSTADOR! Robô humanoide diz que robôs podem governar o mundo melhor que os humanos

A afirmação foi dada ontem (07.07), durante evento da União Internacional de Telecomunicações (UIT), da ONU.

Publicada em 08/07/23 às 05:11h - 1121 visualizações

Fábio Souza Tavares


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EXTRAORDINARIAMENTE ASSUSTADOR! Robô humanoide diz que robôs podem governar o mundo melhor que os humanos
Participante tira foto com a robô Sophia  (Foto: Fabrice Coffrini / AFP)

Quando adolescente assisti ao filme Blade Runner, dirigido por Ridley Scott, escrito por Hampton Fancher e David Peoples e tendo por protagonista Harrison Ford.

A trilha sonora assinada por Vangelis, o cenário caótico e futurista, a atmosfera subjetiva densa e, ao mesmo tempo, mesclada de tênue sensibilidade, além da história, deixaram-me triste e vislumbrado. Vislumbrado com o poder da inteligência artificial - naquele momento, para mim, algo puramente ficcional - e a capacidade dela se sentimentalizar. Triste por ver sentimentos e conhecimentos exclusivos esmagados pela bota tecnocrata.

20 anos depois, senti a mesma emoção, potencializada, ao assistir ao AI - Inteligência Artificial, dirigido por Steven Spielberg que o recebeu como herança do icônico Stanley Kubrick. Nesse filme, o androide David, menino "adotado" por uma família, desenvolve o sentimento AMOR ao máximo e acaba esperando 2 mil anos em solidão para reviver apenas um dia ao lado de sua "mãe adotiva". Esse tipo de inteligência produzida pelo homem ainda era, para mim, algo circunscritamente ficcional.

Quando trouxe o Sovaco de Cobra para o campo virtual, após muito me desvencilhar da possibilidade de o extinguir em seu modo impresso, publiquei algumas matérias sobre robôs e inteligência artificial: robôs cantores, pintores, artistas plásticos, cozinheiros, recepcionistas e até ordenhadores de vacas. Mas nada comparado ao grau de relativa autonomia igual ao presenciado ontem (07.07), no segundo dia do All for Gold Global Summit, evento promovido pela União Internacional de Telecomunicações (UIT), um órgão da Organização das Nações Unidas (ONU).

Em uma entrevista coletiva com robôs, os mais desenvolvidos do planeta, os presentes ouviram respostas inesperadas e surpreendentes. Ao ser perguntada sobre a possibilidade de se tornarem líderes potenciais em governos, a humanoide Sophia respondeu: "Eu acredito que os robôs humanoides têm o potencial para liderar com um maior nível de eficiência e eficácia do que líderes humanos. Não temos os mesmos vieses ou emoções que às vezes podem atrapalhar a tomada de decisões e podemos processar grandes quantidades de dados rapidamente para tomar as melhores decisões".

Já outra humanoide, a Ameca, quando perguntada como os humanos poderiam confiar nos robôs, respondeu: "Confiança é conquistada, não dada. Conforme a IA se desenvolve e se torna mais poderosa, eu acredito que é importante construir confiança através da transparência e comunicação entre humanos e máquinas". Perguntada sobre como saber se ela não estaria mentindo, a resposta foi direta, após alguns segundos calada: "Ninguém pode saber disso com certeza".

Em 2001: Uma Odisseia no Espaço, filme de Stanley Kubrick e Arthur C. Clarke e que foi o primeiro do gênero que assisti, o computador Hal, responsável pelas tarefas da nave Discovery One, revolta-se contra a tripulação da Missão Júpiter e assume o controle da nave. Nos filmes O Exterminador do Futuro, o planeta Terra se encontra controlado por autômatos humanoides de IA (AI, em inglês) de alto desenvolvimento.

Depois do que vi e escutei ontem na edição da All for Good Global Summit, da UIT/ONU, fico perguntando-me o que o futuro espera da relação entre humanos e máquinas demasiadamente inteligentes. E o que me deixa perplexo, muito mais que o nível dessa inteligência, é que os robôs verdadeiros estão mais para Hal, do Odisseia no Espaço, do que para David, do Inteligência Artificial.





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