O secretário de Estado americano, Antony Blinken, disse, nesta quinta-feira (6), em visita à Guiana, que a Venezuela envia uma mensagem contrária às eleições livres, ao inabilitar opositores com vistas às presidenciais de 2024, quando o presidente Nicolás Maduro tentará se eleger a um novo mandato de seis anos.
"Há uma série de passos muito práticos que o regime de Caracas pode dar para demonstrar que quer seguir o caminho das eleições livres e justas" e a inabilitação de pré-candidatos como María Corina Machado, anunciada na sexta-feira passada, "certamente envia a mensagem contrária", disse Blinken.
"Penso que é profundamente infeliz", acrescentou.
Três dos principais pré-candidatos das primárias da oposição na Venezuela, previstas para 22 de outubro, estão inabilitados: o duas vezes candidato à Presidência Henrique Capriles, Machado e Freddy Superlano, candidato do partido de Juan Guaidó depois que ele partiu para os Estados Unidos.
O governo americano tem se mostrado disposto a flexibilizar as sanções financeiras que impôs à Venezuela se houver avanços em acordos entre Maduro e a oposição com vistas às eleições do ano que vem, ainda sem data agendada.
"As sanções são um meio para um fim e este fim é ajudar o desejo do povo venezuelano de restaurar a democracia e (...) isso começa com eleições livres e justas", ressaltou Blinken.