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Venezuela proíbe candidata líder da oposição a ocupar cargos públicos

Publicada em 01/07/23 às 04:27h - 690 visualizações

Mayela Armas e Vivian Sequera, Reuters


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Venezuela proíbe candidata líder da oposição a ocupar cargos públicos
Política da oposição venezuelana María Corina Machado discursa em Santa Bárbara, Monagas, Venezuela  (Foto: Thomson Reuters)

A ex-parlamentar Maria Corina Machado, favorita para vencer a indicação da oposição da Venezuela à eleição presidencial nas primárias de outubro, está proibida de ocupar cargos públicos por 15 anos, disse a Controladoria-Geral em uma carta.

Machado, engenheira industrial de 55 anos, está liderando as pesquisas das primárias com 13 integrantes que foram convocadas para selecionar um candidato para enfrentar o presidente Nicolás Maduro na eleição de 2024.

Uma proibição anterior imposta a ela foi ampliada porque Machado apoiou sanções dos Estados Unidos ao governo de Maduro e endossou o ex-líder da oposição, Juan Guaidó, disse a carta.

Machado está proibida de sair da Venezuela há nove anos e havia sido barrada de cargos públicos por 12 meses em 2015 porque, segundo a controladoria, não incluiu alguns benefícios que recebeu quando era parlamentar em sua declaração de patrimônio. Machado diz que nunca recebeu os benefícios.

O parlamentar José Brito, que serve na assembléia nacional controlada pelo partido governista, pediu à controladoria esta semana para esclarecer a situação de Machado.

"A cidadã Maria Corina Machado Parisca... está inabilitada para o exercício de qualquer cargo público pelo prazo de 15 anos", disse a controladoria em sua resposta, datada de 27 de junho e compartilhada por Brito nesta sexta-feira.

Machado, que propôs privatizar a empresa estatal de petróleo PDVSA e reestruturar a dívida da Venezuela, disse a apoiadores na quinta-feira que uma “proibição do regime é lixo, significa nada”, acrescentando que mostrava que o governo Maduro “está sendo derrotado”.

Essa proibição não afeta a candidatura de Machado nas primárias, que estão sendo realizadas pela oposição sem apoio estatal, mas significa que ela não poderá ser registrada junto às autoridades eleitorais para disputar a eleição presidencial.




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