O ditador da Nicarágua, Daniel Ortega, condenou o padre católico Óscar Danilo Benavidez D’Ávila a dez anos de prisão, por supostos crimes de “conspiração” e “propagação de notícias falsas”.
A decisão da juíza Nancy Aguirre, depois de presidir um julgamento repleto de irregularidades, condenou o padre a cinco anos pelo crime de “propagação de notícias falsas” e outros cinco por “atentado à integridade nacional”.
O clérigo é conhecido por ser um crítico do governo. Foi detido no dia 14 de agosto do ano passado, depois de celebrar uma missa na Capela Conceição de Maria, na Diocese de Siuna.
Segundo a defesa de Benavidez D’ávila, o crime que o padre cometeu foi dar a sua opinião nas redes sociais. Ele é o nono padre preso na Nicarágua acusados de “conspiração”.
Um relatório endossado pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), diz que, em janeiro de 2023, o país contava com 245 presos políticos.
Na segunda-feira 6, três padres, um diácono, dois seminaristas e um leigo da diocese foram condenados a dez anos de prisão. A sentença foi proferida pela juíza Nadia Tardencilla.
A pena é dividida em cinco anos pelo crime de “conspiração para atentar contra a integridade nacional” e cinco anos por “propagação de notícias falsas”.