A reunião começou com uma pequena introdução do presidente da Assembleia Geral, Csaba Korosi. Em seguida, o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que o mundo precisa de “esperança”. Ele também criticou a desinformação e o ódio, e considerou a crise climática como uma “guerra suicida”.
“Divisões estão se aprofundando, desigualdades estão mais fortes e desafios estão mais acentuadas”, disse Guterres que, por outro lado, também destacou o transporte de grãos através de um navio que deixou a Ucrânia ao Chifre da África através de um acordo da ONU, Turquia, Ucrânia e Rússia. “Este navio é um símbolo do que o mundo pode realizar quando agimos juntos”, afirmou.
O presidente Bolsonaro iniciou seu discurso cumprimentando os presentes na Assembleia Geral e destacou feitos do governo durante a pandemia de covid-19. “Um governo que não poupou esforços para salvar vidas e preservar empregos. Como tantos outros países, concentramos nossa atenção, desde a primeira hora, em garantir um auxílio financeiro emergencial aos mais necessitados. O nosso objetivo foi proteger a renda das famílias para que elas conseguissem enfrentar as dificuldades econômicas decorrentes da pandemia. Beneficiamos mais de 68 milhões de pessoas, o equivalente a 1/3 da nossa população”.
Além disso, o atual chefe do Executivo também citou os diversos casos de corrupção que aconteceram no país anos atrás. Segundo Bolsonaro, o atual governo “extirpou a corrupção sistêmica que existia” no Brasil. “O responsável por isso foi condenado em três instâncias por unanimidade. Delatores devolveram US$ 1 bilhão de dólares e pagamos para a bolsa americana outro bilhão por perdas de seus acionistas”, explicou.
O preço da gasolina, atualmente em queda no Brasil, voltou a ser um ponto de destaque do presidente. “Desde junho, o preço da gasolina caiu mais de 30%. Hoje, um litro no Brasil custa cerca de US$ 0,90. O preço da energia elétrica também teve uma queda de mais de 15%”.
Bolsonaro também comentou o agronegócio brasileiro, cumprimentando Alysson Paulinelli, que é o candidato representante do país ao Prêmio Nobel da Paz pela expansão da fronteira agrícola com o uso de novas tecnologias. “É isso que vemos, por exemplo, na produção de alimentos. Há quatro décadas, o Brasil importava alimentos. Hoje, somos um dos maiores exportadores mundiais. Isso só foi possível graças a pesados investimentos em ciência e inovação, com vistas à produtividade e à sustentabilidade”, disse.
Por fim, o presidente do Brasil defendeu a paz na Ucrânia, a liberdade religiosa e afirmou que o país está aberto aos refugiados do mundo. Segundo ele, mais de seis milhões de venezuelanos, por exemplo, foram obrigados a deixar seu país. “Já são mais de 350 mil venezuelanos que encontraram, em território brasileiro, assistência emergencial, proteção, documentação e a possibilidade de um recomeço. Todos têm acesso ao mercado de trabalho, a serviços públicos e a benefícios sociais”, garantiu.
Assista à íntegra do discurso.