A agência estatal russa Tass informou na manhã desta quinta-feira (3) que a delegação ucraniana chegou de helicóptero a Belarus por volta das 11h para negociar com os representantes da Rússia.
Esta será a segunda rodada de conversas entre os dois países. A Rússia invadiu a Ucrânia na quinta-feira (24), com o pretexto de que estaria salvando o território de nazistas e da influência do Ocidente.
O negociador ucraniano, David Arakhamia, comentou em suas redes sociais, que planeja discutir a criação de um corredor humanitário em Kiev, capital da Ucrânia, antes de debater sobre outros assuntos como um acordo de paz.
Entenda o conflito entre Rússia e Ucrânia
A tensão entre os dois países é antiga. No fim de 2013, protestos populares fizeram com que o então presidente ucraniano Víktor Yanukóvytch, apoiado por Moscou, renunciasse. Na época, os ucranianos debatiam uma possível adesão à União Europeia.
Em 2014, a Rússia invadiu a Ucrânia e anexou o território da Crimeia, incentivando separatistas pró-Rússia desde então. Em 2015, foram firmados os Acordos de Minsk que decretavam um cessar-fogo, entre outros pontos, e proibiam Moscou de apoiar os rebeldes e Kiev deveria reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias autônomas.
Apesar disso, o conflito continuou, o cessar-fogo não foi respeitado e cerca de 10 mil pessoas morreram desde então.
Em novembro de 2021, a Ucrânia se movimentou para fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a aliança militar criada após a Segunda Guerra Mundial. A Rússia se sentiu ameaçada e iniciou exercícios militares na fronteira com o país vizinho, exigindo que a nação nunca se torne um membro.
A tensão se estendeu e se agravou após o presidente russo reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias independentes, causando sanções por parte do Ocidente e a invasão de quinta-feira (24).