Ontem (02.03) a Assembleia Geral Extraordinária da Organização das Nações Unidas (ONU) condenou por absoluta maioria a invasão russa da Ucrânia com 141 votos favoráveis - incluindo o voto do governo Bolsonaro -, 35 abstenções - dentre as quais a China - e somente 5 votos contrários - a própria Rússia, a Bielorrússia (copartícipe da invasão), a Coreia do Norte (do ditador Kim Jong-un, representante de uma dinastia que há mais de 70 anos está no poder), a Síria (conhecida por seus crimes de guerra) e a Eritreia (Estado de partido único que nunca realizou eleições legislativas).
Também ontem, Karim Khan, o procurador do Tribunal Penal Internacional, mais conhecido como Tribunal de Haia, disse que a Corte já começou a investigar os crimes contra a humanidade cometidos pelas tropas russas em solo ucraniano. Vários registros mostram civis assassinados pelos invasores.
Enquanto isso, a Rússia continua sua carnificina utilizando inclusive bombas termobáricas e tenta intimidar o planeta com as declarações do seu ministro de Relações Exteriores Sergey Lavrov que alerta para uma guerra nuclear "devastadora".
No Brasil, só quem defende a invasão russa é a esquerda e uma ala do bolsonarismo que contraditoriamente afirma que a Rússia e a China são as duas potências que impedirão a hegemonia de uma Nova Ordem Mundial. Face escalafobética da política.