A forte nevasca que atinge boa parte da Costa Leste dos EUA desde a última semana, do Golfo do México ao Canadá, deixou quase 100 milhões de americanos sob alerta, cancelou voos e cortou a energia de centenas de milhares de residências. Segundo a CNN americana, ao menos sete pessoas morreram.
Alertas de vento frio foram acionados para o Texas e na área central do país, onde as temperaturas mínimas previstas se aproximam dos -20ºC, comunicou o Serviço Nacional de Meteorologia. "O vento frio pode provocar hipotermia em um curto período de tempo se as precauções não forem tomadas."
Alertas e avisos de tempestades de inverno também permaneceram em vigor para os estados de Tennessee, Kentucky, Nova York e Pensilvânia e para a região de Nova Inglaterra, onde chuvas de granizo e de neve devem dificultar os deslocamentos. O estado do Novo México registrou acúmulo de mais de 90 centímetros de neve. Na região de Chicago, esse índice foi de quase 30 centímetros.
A expectativa é a de que as tempestades de inverno finalmente deixem a Costa Leste do país a partir deste sábado (5), mas as temperaturas extremamente frias devem permanecer, inclusive com recordes negativos, na região centro-sul dos Estados Unidos, disseram meteorologistas do governo americano.
Ao longo dos estados do Texas, Arkansas, Tennessee, Ohio e Nova York, mais de 370 mil casas ficaram sem energia na sexta, depois de as tempestades derrubarem linhas de energia. Na manhã deste sábado, a situação começava a ser restabelecida, e 196 mil residências ainda enfrentavam esse problema, a maior parte no noroeste do país, de acordo com o site PowerOutage, que monitora a situação.
Na quinta, o governador do Texas, Greg Abbott, afirmou que a tempestade foi "um dos eventos de gelo mais significativos que tivemos no estado em pelo menos várias décadas". A governadora de Nova York, Kathy Hochul, por sua vez, pediu que os moradores evitem sair de casa. "Esta tempestade está jogando tudo em nós, temos neve, chuva congelante, granizo, estradas congeladas", disse a democrata.
As companhias aéreas cancelaram mais 3.600 voos na sexta, de acordo com o serviço de rastreamento de voos FlightAware, um dia depois de cancelar 5.000 viagens na quinta-feira (3). Até a manhã deste sábado, o portal soma pouco mais de mil cancelamentos.
As companhias aéreas enfrentam interrupções em suas operações desde dezembro, em uma combinação de fatores que somou o mau tempo à escassez de funcionários, afastados por contaminações pela variante ômicron do coronavírus.