Os moradores de uma aldeia em Kampar, na Indonésia, tinham um incontestável e enorme motivo para pedir com urgência a ajuda dos agentes florestais: mais precisamente, um motivo de 9 metros e mais de 100 quilos, na forma de uma cobra píton gigantesca. A captura aconteceu na terça-feira do último dia 21 de setembro, e exigiu a força e o trabalho de 7 pessoas para que o animal pudesse ser transportado, com segurança para ele e para a população local, até um ponto distante de volta à natureza e longe das aldeias e das atividades humanas.
A imensidão do réptil é a dimensão do temor justificado da população aldeã: a cobra descoberta recentemente é dois metros maior que a cobra que, em 2018 e com 7 metros de comprimento, engoliu uma mulher inteira no país. Apesar de assombroso, esse é um caso isolado: como um animal não peçonhento, que mata suas presas enroscando-se ao redor do animal capturado, e a píton não é considerada um perigo para os seres humanos, e são raros os incidentes envolvendo pessoas.
Normalmente variando no comprimento entre 5 e 7 metros, mas podendo chegar aos 9 metros do animal capturado e mesmo superar a casa dos 160 kg em peso, a píton-reticulada (python reticulatus) é a segunda maior cobra do mundo, uma das três mais pesadas e considerada, de ponta a ponta, a mais longa. Encontrada em florestas tropicais e pastos bem como em rios e riachos ao sudeste da Ásia, a espécie é a maior cobra nativa do continente, e se alimenta principalmente de mamíferos e pássaros.
Além dos 7 guardas florestais envolvidos no processo de captura do animal descoberto, foi necessário sedar a cobra para que o transporte fosse feito com segurança – o réptil foi devolvido à natureza em uma floresta isolada em Pelalawan, uma regência da Indonésia localizada na província de Riau, na ilha de Sumatra. Essa, porém, não é, por um metro de diferença, a maior cobra da espécie já registrada: em 1912, uma píton-reticulada com 10 metros de dimensão foi documentada.