A ONG Human Rights Watch informou hoje (14) que o governo castrista já prendeu 150 pessoas desde as manifestações que se espalharam pela ilha e abalaram os alicerces da ditadura cubana no último domingo (11).
Segundo a entidade, a maioria das prisões aconteceram quando as pessoas estavam em suas residências, o que demonstra o caráter autoritário do presidente Miguel Díaz-Canel, herdeiro político dos irmãos Castro.
Um homem morreu quando participava da manifestação do bairro pobre de Guinera, na periferia da capital do País, Havana. Ontem (13), a youtuber Dina Stars foi presa enquanto era entrevistada pelo canal televisivo espanhol Cuatro.
Desde domingo, Havana está tomada por forças militares e agentes à paisana, dentre os quais membros do Partido Comunista Cubano. O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST, conhecido por suas invasões no Brasil, também participa da repressão ao povo cubano através dos militantes de sua Brigada naquele país.
O povo tomou as ruas das cidades e povoados cubanos querendo comida, vacinação contra a Covid-19 e liberdade. Com cartazes e bandeiras, cantava a canção Pátria e Vida, um hino da luta contra o regime totalitário da ilha.
As manifestações foram amplamente convocadas pelas redes sociais, fato que levou o governo de Díaz-Canel a cortar a internet.
Para Zoe Martínez, exilada cubana que vive no Brasil e cursa Direito, o País está à beira de uma guerra civil e, apesar de toda a repressão, as mobilizações populares continuam.