Cuba viveu no domingo (11) manifestações inéditas contra a ditadura cubana, concentrando milhares de cubanos em várias cidades do País, no interior e Havana, sua capital. O movimento começou no povoado de San Antonio de los Baños e se espalhou por toda a ilha.
Com gritos de "abaixo a ditadura" e "liberdade" e cartazes escritos com "Vida e Pátria", manifestantes questionaram publicamente, em uma protagonização inédita, o governo do Partido Comunista Cubano, cujo atual secretário-geral, Miguel Díaz-Canel, é o atual mandatário de Cuba, e o regime totalitário. A grande quantidade de manifestantes nas ruas levou à paralisação do transporte público e a população reagiu à violenta repressão da polícia do governo cubano. Prisões, carros virados e incendiados, brigas e tumultos foram registrados por todo o País.
Manifestantes criticaram duramente os sucessivos lockdowns, a lentidão da vacinação contra a Covid-19. a permanente crise econômica, a falta de alimentos e a tirania de um governo que se sustenta às custas da repressão em todas as esferas da vida nacional. Será cedo para se falar em Primavera Cubana ou os eventos de domingo são o prenúncio de uma onda democrática que varrerá o país de ponta a ponta?