Nesta manhã (8), o laudo pericial sobre o assassinato do presidente do Haiti, Jovenel Moise, foi apresentado pelo juiz de paz Carl Henry Destin, responsável pela perícia. Segundo ele, Moise levou 12 tiros que o atingiram na cabeça, no peito, no abdômen e no quadril. O corpo apresentava perfurações de balas de grosso calibre e de uma arma de 9 mm.
Apesar dos assassinos terem vasculhado o quarto e o escritório do presidente, sua filha e seu filho saíram ilesos e sua esposa Martine, que foi ferida, escapou e se encontra recuperando-se em um hospital de Miami.
Os suspeitos do atentado trocaram tiros com a polícia haitiana e quatro foram mortos, sendo outros dois baleados e presos.
O Haiti vive mais um momento de sua dramática história política.
Moise enfrentava vários protestos violentos da oposição, os quais combatia com igual violência. Segundo a oposição, seu mandato deveria terminar em fevereiro deste ano, mas Moise assegurava que seu mandato iria até 2022. Ano passado, ele dissolveu o Congresso e agora pretendia fazer reformas na Constituição que permitiria a reeleição presidencial proibida desde a derrubada do ditador François Duvalier, o Papa Doc, há 35 anos.