O estudante palestino Mahmoud Khalil, de pós-graduação na Universidade de Columbia, foi preso por agentes de imigração dos Estados Unidos no último sábado (08). Ele, que participou ativamente dos protestos pró-palestinos no campus no ano passado, foi detido em sua residência universitária.
A prisão foi confirmada nesta segunda-feira (10), pelo presidente Donald Trump em uma publicação no Truth Social. “Esta é a primeira prisão de muitas que virão. Sabemos que há mais estudantes na Columbia e em outras universidades que se envolveram em atividades pró-terroristas, antissemitas e antiamericanas”, escreveu.
Mahmoud tem residência permanente nos EUA e é casado com uma cidadã americana, grávida de oito meses. Antes da prisão, ele havia relatado preocupação por estar sendo alvo do governo por suas declarações à mídia. Sua detenção gerou protestos no campus e críticas de grupos de direitos civis, que classificaram a ação como um ataque à liberdade de expressão.
O secretário de Estado, Marco Rubio, afirmou que o governo pretende revogar vistos e green cards de “apoiadores do Hamas”. Além disso, o Departamento de Educação anunciou o corte de US$ 400 milhões (R$ 2,3 bilhões) em financiamento para a Universidade de Columbia, alegando “inação diante do assédio persistente de estudantes judeus”.
Trump também declarou que universidades que permitirem “manifestações ilegais” perderão todo o financiamento federal.