Os Estados Unidos informaram na segunda-feira (2) a apreensão de uma aeronave que seria de propriedade do presidente venezuelano Nicolás Maduro. O avião, um Dassault Falcon 900EX, foi capturado na República Dominicana e transferido para a Flórida, sob a alegação de violação das sanções norte-americanas. Segundo o Departamento de Justiça dos EUA, a aeronave, avaliada em cerca de US$ 13 milhões, foi exportada ilegalmente dos Estados Unidos e utilizada por Maduro e seus aliados.
Essa apreensão é apenas mais um episódio nas já tensas relações entre os Estados Unidos e a Venezuela, que se deterioraram significativamente nos últimos anos. Desde 2019, quando o então presidente dos EUA, Donald Trump, emitiu uma ordem proibindo transações entre cidadãos norte-americanos e indivíduos ligados ao governo venezuelano, as sanções se intensificaram, visando enfraquecer o regime de Maduro.
Maduro tem sido alvo de inúmeras acusações de corrupção, repressão e manipulação eleitoral. Recentemente, a reeleição do presidente venezuelano foi amplamente contestada, tanto pela oposição local quanto pela comunidade internacional, que o acusam de fraudar os resultados e de reprimir brutalmente seus opositores para manter-se no poder.
A apreensão da aeronave por parte dos EUA é um desdobramento significativo na pressão internacional sobre Maduro, especialmente à luz das alegações de que seu governo falsificou os resultados da eleição presidencial de 28 de julho. De acordo com um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, a apreensão da aeronave é um passo importante para garantir que Maduro continue a sofrer as consequências de sua governança.
O governo venezuelano, no entanto, rejeita as acusações de autoritarismo e insiste que a reeleição de Maduro foi legítima, apesar da intensa pressão internacional e da falta de transparência no processo eleitoral.