Ontem (07.05) as denúncias de Elon Musk sobre a censura direcionada e ilegal do ministro Alexandre de Moraes reverberaram publicamente no Congresso dos Estados Unidos através de uma audiência chamada pela Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos que equivale à nossa Câmara dos Deputados.
A audiência foi estritamente convocada para discutir os atos autoritários do ministro do SFT e suas implicações negativas para a democracia brasileira.
O deputado Michael MacCaul, presidente da Comissão, disse que o governo estadunidense tem que tomar um posicionamento sobre os políticos que estão sendo perseguidos pelo Judiciário brasileiro em uma clara alusão às medidas inconstitucionais tomadas pelo STF.
A deputada Maria Elvira Salazar, com uma foto de Moraes em uma das mãos, denunciou a perseguição dele ao X e aos políticos conservadores. Em defesa de sua posição, apresentou fatos contundentes: “Há dois fatos aqui que eu acho que podem esclarecer quem é o senhor de Moraes. O primeiro fato: ele deu a ordem para derrubar um post que dizia que Lula da Silva apoiava Daniel Ortega, o ditador da Nicarágua. Por que os brasileiros não podem saber disso? O segundo fato: ele deu uma hora para o Twitter derrubar posts de políticos conservadores ou eles receberiam US$ 30 mil de multa. E se o e-mail chegasse 30 minutos depois? Eles teriam outros 30 minutos ou receberiam multa de US$ 30 mil”.
A deputada Susan Wild questionou a competência do Congresso estadunidense para debater a democracia brasileira sendo respondida posteriormente por MacCaul que sustentou: “É um ato de democracia pela liberdade no Brasil que exigirá que o governo dos EUA se envolva mais vigorosamente com o Brasil na luta pela liberdade e pelos direitos humanos. A grande realidade do Brasil é que a democracia está morrendo em plena luz do dia”.
Ao que parece, as inconstitucionalidades seletivamente direcionadas do ministro ditador já começaram a serem vistas como um ataque às liberdades democráticas dentro da maior democracia do planeta.