O pontífice fez os comentários em uma entrevista com a emissora suíça RSI que deve ser veiculada na íntegra em 20 de março.
O embaixador papal na Ucrânia, o arcebispo Visvaldas Kulbokas, foi informado que o papa deveria se abster de declarações que “legalizam o direito do poder e incentivam ainda mais desrespeitos às leis internacionais”, disse um comunicado no site do ministério.
O comunicado afirmou que espera-se que o papa “envie sinais à comunidade internacional sobre a necessidade de imediatamente unir forças para garantir a vitória do bem sobre o mal”.
A Ucrânia, disse, “busca a paz como nenhum outro Estado. Essa paz, no entanto, precisa ser justa e baseada nos princípios da Carta das Nações Unidas e a fórmula de paz proposta pelo presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy”.
Zelenskiy rebateu os comentários do papa no último domingo. Embora não tenha se referido a eles diretamente, disse que figuras religiosas distantes não deveriam se envolver em “mediação virtual entre alguém que quer viver e alguém que quer destruí-lo”.
O plano de paz de Zelenskiy pede a retirada das tropas russas, um retorno às fronteiras de 1991 da Ucrânia e o devido processo legal para responsabilizar a Rússia pelas suas ações. A Rússia afirma que não pode realizar negociações com uma premissa dessas.