O ex-primeiro ministro da Holanda Dries van Agt e a esposa, Eugenie, decidiram morrer juntos por eutanásia. A informação foi divulgada no final de semana pela The Rights Forum, uma fundação pró-Palestina fundada pelo ex-premiê.
Dries van Agt governou a Holanda entre 1977 e 1982. Desde 2019, vivia com sequelas de uma hemorragia cerebral, e sua esposa optou por não viver sem o marido.
Ainda de acordo com a fundação, o casal morreu de mãos dadas, em um hospital de Nijmegen, no leste holandês.
O ex-premiê e a esposa estavam casados havia 70 anos. Eles tinham 93 anos e morreram assistidos por médicos no dia 5 de fevereiro.
Desde 2022, já foram registradas 116 eutanásias duplas na Holanda, que permite o tipo de procedimento há duas décadas. O diretor do Expertisecentrum Euthanasie, Elke Swart, disse à agência de notícias Reuters que ainda é uma escolha rara.
"O interesse pela eutanásia dupla está crescendo, mas ainda é algo raro. É puro acaso que duas pessoas estejam sofrendo insuportavelmente, sem perspectiva de alívio ao mesmo tempo e que ambas desejem a eutanásia", afirma.
O procedimento só pode ser aplicado em casos em que haja comprovado sofrimento, sem perspectiva de alívio e com o claro desejo de morrer. É necessária a certificação por pelo menos dois médicos.
Além da Holanda, outros países europeus permitem a eutanásia: Bélgica, Luxemburgo, Espanha e Portugal.