Nos últimos dois anos, aproximadamente 533 mil cubanos fugiram de Cuba para os Estados Unidos devido à crise econômica e a repressão do regime castrista de Díaz-Canel. Essa é a pior crise migratória do País desde a Revolução Cubana de 1959.
Depois da chegada ao poder do Movimento 26 de Julho de Fidel Castro, no dia 1º de janeiro de 1959, mais de um milhão de pessoas fugiram da ilha se dirigindo, em sua grande maioria, para os Estados Unidos, cujo destino preferencial era Miami, no estado da Flórida. De lá para a atualidade, incontáveis fugas ocorreram, bem como incontáveis pedidos de asilos políticos, particularmente pelos atletas que disputam campeonatos internacionais.
Essa migração recorde dos últimos dois anos foi uma resposta à repressão que se abateu depois do levante popular de 11 de julho de 2021 onde as pessoas ocuparam as ruas e os espaços públicos, na capital Havana e em várias cidades do interior, pedindo o fim da ditadura cubana. Esses 533 mil autoexilados de Cuba correspondem aproximadamente a 5% do total da população de 11.396.753 que vive na ilha.
Em 1980, entre 15 de abril e 31 de outubro, 130 mil cubanos deixaram o País em um processo migratório massivo que ficou conhecido como Êxodo de Mariel. Agora a situação se repete com um número maior e crescente de pessoas que já não suportam viver na crise econômica que Cuba está mergulhada e sob o o autoritarismo repressivo do governo e do regime do Partido Comunista Cubano.