Observamos um cenário mundial onde conflitos regionais recrudescem no planeta e novas guerras ameaçam expandir rumo a um conflito generalizado. Essas contendas envolvem hoje, diretamente, praticamente 4 continentes. Diante de tal quadro, há quem pergunte se estamos encaminhando-nos para a 3ª Grande Guerra.
Nesses últimos dias, Kim Jong-Un, o presidente da Coreia do Norte, disse que poderá aniquilar a Coreia do Sul, com quem está em conflito permanente, e os EUA. Não sei que tipo de droga estão dando para o dirigente do regime de Pyongyang, mas o alucinógeno está surtindo efeito e suas consequências podem não ser agradáveis à ordem internacional.
Empalmado com o acirramento dos ânimos entre as duas Coreias, a China comunista - a que deu origem ao Coronavírus - também tem esticado a corda contra a democrática República da China que também é conhecida como Taiwan. Ultimamente, Xi Jinping deu declarações desafiadoras contra a soberania da China insular.
Dia 7 de janeiro, o ministro da Defesa da Suécia Carl-Oscar Bohlin alertou aos suecos para a possibilidade do seu país entrar na Guerra da Ucrânia como consequência de uma possível investida russa. Em resposta, o senador russo e presidente do Comitê de Informação Alexei Pushkov disse que a declaração de Bohlin era absurda e que a Suécia sofre de "paranoia anti-russa". O que alertou o ministro sueco foi a presença suspeita de submarinos russos no Mar Báltico. Paranoia ou não, o fato é que a candidatura da Suécia à OTAN provocou ranger de dentes e olhos esbugalhados nas autoridades do Partido Comunista, dentre as quais Putin.
No Oriente Próximo, a guerra entre Israel e o Hamas tem gerado repercussão em todo o entorno árabe e existe uma preocupação sincera e crescente com o perigo de regionalização do conflito, já que grupos extremistas islâmicos que apoiam a luta pela destruição do Estado israelense, como o Hezbollah, estão sediados em outros países. A própria cúpula do Hamas vive em palácios no Catar (Qatar), enquanto seus combatentes sofrem no deserto as misérias da Faixa de Gaza.
Como o ditado diz que desgraça pouca é bobagem, o ditador venezuelano Nicolás Maduro decidiu usar como estratégia de marketing eleitoral sua ameaça de anexar à força a região do Esequibo que hoje representa 2/3 da Guiana, tensionando a correlação de forças na América e com respingos diplomáticos no Brasil.
Todos esses conflitos têm uma coisa em comum: a bipolarização crescente - ela não acabou com a queda do Muro de Berlim - entre a OTAN e os países identificados com a esquerda totalitária. Diante desse quadro, estamos vivenciando um momento histórico que pode ser o introito a um novo conflito bélico de escala mundial? Esperemos o desenrolar dos acontecimentos.