O ministro ainda classificou a resolução da ONU como “desprezível”. “Rejeitamos abertamente o apelo desprezível da Assembleia Geral da ONU a um cessar-fogo. Israel pretende eliminar o Hamas tal como o mundo lidou com os nazistas e o Isis [Estado Islâmico]”, reforçou.
Mais cedo, a Assembleia Geral da ONU aprovou uma resolução que pede o cessar-fogo imediato do conflito entre Israel e o Hamas. A medida tem caráter recomendatório, ou seja, os envolvidos no conflito não são obrigados a acatá-la.
O texto é de autoria da Jordânia e contou com o apoio de mais de 40 países, entre eles Egito, Omã e Emirados Árabes Unidos. Além de pedir cessar-fogo “imediato, duradouro e firme”, a resolução defende a garantia de ajuda humanitária.
A resolução ainda apela pela “libertação imediata e incondicional” de todos os civis mantidos em cativeiro.
A minuta apresentada pelos países árabes, porém, não tinha tinha uma condenação direta à ação do Hamas em 7 de outubro. Uma emenda apresentada pela delegação do Canadá propunha a medida, mas não passou.
O conflito entre Israel e Hamas escalou desde o último dia 7, quando o grupo extremista promoveu um ataque surpresa a Israel. Desde então, o governo israelense tem promovido ataques aéreos, além de incursões terrestres localizadas, contra o território palestino.
O Conselho de Segurança da ONU, até o momento, já se debruçou sobre quatro minutas de resolução. No entanto, em nenhum dos casos houve consenso para a aplicação de medidas capazes de frear o conflito.
O Conselho de Segurança é o único dos órgãos da ONU com capacidade de adotar resoluções obrigatórias, enquanto as resoluções da Assembleia Geral são apenas recomendações.